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Receios de recessão fazem tombar bolsas por todo o mundo e Lisboa acompanha

A bolsa de Lisboa registou uma segunda-feira de perdas, com o índice PSI a cair quase 2%, em linha com as grandes praças europeias e mundiais, que viveram um dia fortemente negativo.
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6 Agosto 2024, 07h30

A primeira sessão da semana foi de perdas generalizadas nos mercados europeus e por todo o mundo, em face de receios de que a economia norte-americana pode entrar em recessão. O índice PSI não foi exceção à regra, já que recuou 1,94% e ficou-se pelos 6.463 pontos.

A queda foi potenciada sobretudo pela EDP, cujos títulos caíram 4,43% e ficaram-se pelos 3,671 euros, em linha com as perdas acentuadas que se registaram no sector energético europeu.

Seguiu-se a Mota-Engil, ao perder 3,32%, até aos 3,318 euros. Mais atrás, as ações da Semapa desvalorizaram 2,61% e encerraram o dia nos 14,16 euros, ao passo que a Sonae resvalou 2,57%, para 0,911 euros.

Em sentido contrário, o BCP amenizou a descida do índice, ao avançar 0,70% e alcançou os 0,3603 euros, em função de um upgrade, atribuído pelo Morgan Stanley, que subiu o preço-alvo de 49 para 51 cêntimos. O banco viu assim contrariada uma parte das descidas registadas na respetiva cotação de mercado durante a semana que passou.

Além do banco, só a Jerónimo Martins escapou às descidas, ao manter-se estável.

Entre as mais importantes praças europeias, sobressaem os tombos de Espanha e Itália, em ambos os casos acima de 2,30%, ao passo que o Reino Unido recuou 2,09%. Mais atrás, a Alemanha derrapou 1,73%, enquanto França perdeu 1,73% e o índice agregado Euro Stoxx 50 caiu 1,49%.

Olhando ao exterior, torna-se ainda mais evidente o sentimento negativo dos mercados e a ideia de que as sensação sobre os dados macro, sobretudo no que respeita à economia dos EUA, são de forte preocupação. No continente asiático, por exemplo, o índice Nikkei tombou 13%, naquela que foi a sua pior sessão desde Segunda-Feira Negra de 1987.

Horas mais tarde, a bolsa de Wall Street seguiu pelo mesmo caminho, de tal modo que os títulos das ‘Sete Magníficas’ sofreram quedas acentuadas, que fizeram as respetivas capitalizações de mercado caírem cerca de um bilião de dólares, em termos acumulados.

Amanhã vão ser conhecidos dados da balança comercial (importações e exportações) dos EUA em junho, pelo que será possível ter uma melhor ideia sobre o comportamento da maior economia do mundo aquando do fecho do primeiro semestre.

Em simultâneo, prossegue a época de resultados, com a farmacêutica alemã Bayer a revelar contas. Nos EUA, destaque para as divulgações por parte de gigantes empresariais como a Marathon Petroleum, Uber Technologies, Super Micro Computer, Airbnb e Fortinet, entre muitas outras.

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