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Produção e consumo de carvão na UE atinge mínimo histórico em 2023

Tanto a produção como o consumo recuaram mais de 20% cada no ano passado face a período homólogo.
carvão
19 Agosto 2024, 11h23

A produção e consumo de carvão na União Europeia atingiu um mínimo histórico em 2023, segundo os dados preliminares hoje divulgados pelo Eurostat.

A produção atingiu 274 milhões de toneladas (-22% face a 2022) e o consumo recuou 23% para 351 millhões de toneladas.

“Com um recuo de mais de 100 milhões de toneladas no consumo de carvão, este aparenta ser um dos maiores recuos históricos anuais observado para o combustível na UE”, segundo o centro de dados comunitário.

A Alemanha (37%) e a Polónia foram os principais consumidores de carvão na UE, quase dois terços do total.

Recorde-se que as duas centrais a carvão de Portugal (Sines e Pego) já fecharam as portas.

Olhando para os dados de 2022, a energia solar ultrapassou pela primeira vez o carvão antracite (com maior eficiência energética) na produção de eletricidade na UE: 210 mil GWh de solar contra 206 mil de carvão.

A Polónia e a Chéquia são agora os dois únicos produtores na UE, sendo o primeiro também um grande consumidor para a produção de eletricidade.

Já o carvão lignite (que apresenta menor eficiência energética) é usado em nove países da UE para produzir eletricidade: 241 mil GWh de eletricidade em 2022.

A importação de carvão antracite também atingiu o seu máximo em 2022, com 74% deste carvão consumido a ser comprado no exterior, uma subida de 15 pontos percentuais face a 2021, com os stocks a atingirem o valor mais elevado desde 2008. O Eurostat não apresenta uma explicação para este aumento, mas este disparo teve lugar no mesmo ano da invasão russa da Ucrânia que provocou uma grave crise energética na União Europeia, com os países a recorrerem a procurarem diversificar ao máximo os seus fornecedores e fontes de energia.

No entanto, a Rússia foi mesmo o maior fornecedor de carvão antracite em 2022 à UE (24%), à frente dos Estados Unidos (18%) e da Austrália (17%). Mas com a entrada em vigor de sanções contra as compras deste mineral à Rússia em agosto de 2022, as importações russas caíram 45% face a 2021.

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