O PAN mostrou-se indignado e repudiou a realização dos Fachos, em Machico, numa altura em que a força partidária entende que a Região Autónoma da Madeira “deveria estar de luto e em solidariedade” com as vítimas dos incêndios que deflagram na Região.
Os fachos representam ícones e objetos associados a hábitos e costumes de Machico. Essas formas são construídas por materiais como arame, pregos, óleo queimado, e bolas de algodão. A estrutura onde são construídos esses objetos é depois iluminada com fogo.
“A decisão de prosseguir com esta tradição, revela uma falta de sensibilidade e de respeito para com as populações afetadas e para com os bombeiros que lutam incansavelmente contra as chamas”, salientou o PAN.
A força partidária lembrou que uma petição pública mostrou-se contra a realização dos Fachos, tendo atingindo 840 assinaturas.
“Este movimento cívico reflete o sentimento de indignação generalizada e o apelo ao bom senso e à compaixão por parte dos responsáveis municipais”, salientou o partido.
“A realização dos Fachos em Machico, numa altura em que a nossa terra está a ser devastada pelos incêndios, é uma afronta e um desrespeito para com todos os que têm trabalhado arduamente para salvar vidas e propriedades. O Presidente da Câmara Municipal de Machico, ao agir com esta arrogância, mostra que não é diferente do Governo Regional que tanto gosta de criticar, revelando uma preocupante falta de empatia e de solidariedade com os seus próprios cidadãos”, disse o comissário político do PAN Madeira, Válter Ramos.
A força partidária considerou que esta “atitude insensível” da Câmara Municipal de Machico “demonstra, mais uma vez, a falta de respeito pelas equipas de bombeiros que, exaustos e sobrecarregados, têm dado tudo para proteger as nossas comunidades. A continuação desta festividade é uma decisão que envergonha o concelho e toda a Região, numa altura em que deveríamos estar unidos em apoio aos que mais sofrem”.
O PAN apelou a que a Câmara Municipal de Machico para que “repense as suas prioridades e coloque as pessoas e o bem-estar da comunidade em primeiro lugar. Num momento tão delicado como este, o respeito e a solidariedade devem prevalecer sobre qualquer outro interesse”.
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