A taxa de inflação na zona euro recuou para 2,2% em agosto, de acordo com a estimativa rápida do Eurostat, uma descida de 0,4 pontos percentuais (p.p.) apesar de os serviços terem voltado a acelerar.
A confirmar-se esta estimativa, é o valor mais baixo para o indicador de preços na moeda única desde julho de 2021, marcando mais um sinal do processo de desinflação em curso após o disparo nos preços nos últimos anos. Ainda assim, a descida deveu-se sobretudo à componente energética, sendo que os serviços, o principal foco do Banco Central Europeu (BCE) desde o início do ano, voltaram a acelerar.
Os bens energéticos registaram uma descida homóloga de preços de 3%, o que contrasta com o aumento de 1,2% no mês anterior e compensou as subidas nos bens alimentares não-transformados e nos serviços. Os primeiros aceleraram de 2,3% para 2,4%, enquanto o sector terciário, onde a inflação se tem demonstrado mais persistente, voltou a subir de 4% para 4,2%.
O BCE tem frisado a necessidade de ver alguma evolução nesta vertente, argumentando que uma variação acima de 4% é ainda demasiado elevada. No entanto, os decisores de política monetária europeia deverão ter recebido esta estimativa com algum otimismo, dado que o indicador regressou a valores abaixo de 2,5%, algo que se havia verificado pela última vez em abril.
De destacar também que o indicador nominal recuou em 15 dos 20 países da zona euro, espelhando a abrangência do processo desinflacionário em curso.
O indicador subjacente, que ignora as categorias da energia e alimentos não-transformados, também desceu de 2,9% para 2,8%.
Em cadeia, a inflação em agosto terá sido de 0,2%, enquanto o indicador core terá subido 0,3%.
[notícia atualizada às 11h01]
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