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Laboratórios de análises clínicas criticam preço dos atos convencionados

Este é considerado por 90% dos laboratórios o principal constrangimento. No entanto, o entrave na gestão das convenções é apontado por 88% das empresas como tendo um impacto muito elevado e por 13% como tendo um impacto significativo.
16 Setembro 2024, 16h04

Os laboratórios de análise clínicas consideram que o preço dos atos convencionados é o maior obstáculo à sua atividade, segundo revelaram os dados do recente ‘Inquérito à atividade’, da associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL).

Este é considerado por 90% dos laboratórios o principal constrangimento. No entanto, o entrave na gestão das convenções é apontado por 88% das empresas como tendo um impacto muito elevado e por 13% como tendo um impacto significativo.

A falta de previsibilidade nas políticas públicas é vista como um constrangimento muito elevado por 70% das empresas, enquanto 30% apontam-no como significativo. Estes valores mostram a necessidade de uma maior estabilidade e previsibilidade nas políticas neste sector.

De acordo com os resultados do inquérito, este sector tem vindo a enfrentar diversos desafios, considerados graves, que decorrem dos processos de internalização dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica nas unidades locais de saúde, “dos baixos preços praticados pelos serviços contratualizados com o Serviço Nacional de Saúde e dos atrasos nos pagamentos por parte do mesmo e de outras entidades pagadoras”.

No ano passado, os laboratórios atenderam um total de 10 milhões de utentes, tendo realizado mais de 90 milhões de atos, sendo que 58% destes foram para beneficiários do SNS.

Para este ano, apenas 20% dos laboratórios espera uma evolução positiva da sua atividade, enquanto 40% destes consideram que o ano corrente será pior do que o ano passado, apontando para uma expectativa de evolução negativa.

Nuno Marques, diretor-geral da ANL, afirma que “os resultados deste inquérito comprovam a importância dos laboratórios clínicos e o seu contributo para o sistema de saúde português. Apesar de se viverem tempos instáveis e preocupantes no sector convencionado, principalmente devido à internalização dos MDCT nas ULS, os laboratórios associados da ANL continuam a sua missão de prestar os seus serviços com proximidade, excelência e humanidade”.

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