Madeira: IL rejeita proposta de revisão eleitoral do PSD que considera ser “uma golpada”

A Iniciativa Liberal (IL) mostrou-se contra a proposta de revisão eleitoral, sugerida pelo PSD, considerando que esta é uma “golpada” que penaliza os pequenos partidos. Os sociais democratas querem passar de um círculo único para 13 círculos eleitorais (um círculo por cada um dos 11 municípios da região que elegeria 47 deputados, um círculo de compensação, que elegeria cinco deputados, e um círculo de emigração, que elegeria dois deputados).

Os liberais madeirenses dizem que a proposta do PSD tem por objetivo permitir aos sociais democratas “ganhar na secretaria os deputados e a maioria absoluta que perderam nas urnas, eternizando-se no poder”.

A Iniciativa Liberal diz que as alterações propostas pelo PSD “apenas beneficiam o PSD, penalizam os partidos menos votados e a representatividade da Assembleia Legislativa da Madeira, limitam a proporcionalidade e aumentam o número de votos desperdiçados”.

Os liberais dizem que estas conclusões levam em conta: “13 círculos eleitorais (11 locais com 47 deputados, um de compensação com cinco deputados, um de emigração com dois deputados); Não foi considerado o círculo da emigração, nomeadamente por impossibilidade jurídica de determinar os recenseados no mesmo; Assumiu-se que os círculos locais correspondem aos 11 concelhos da Região, elegendo um número mínimo de 2 deputados por círculo”.

As contas da IL fariam o PSD passar de 19 para 27 deputados, o PS manter os 11 deputados, o JPP passar de nove para oito deputados, o Chega a manter os quatro deputados, o CDS-PP a passar de dois para um deputado, a IL a manter um deputado, e o PAN  a passar de um para zero deputados.

Feitas as contas, a IL referiu que com a mesma percentagem de votos, obtida nas últimas eleições regionais, o PSD “obteria a maioria absoluta, em parte, graças a um “beijo de Judas” aos seus aliados CDS-PP e PAN”.

A Iniciativa Liberal considera “censurável” que o PSD Madeira, “em jeito de chantagem, pretenda misturar temas consensuais e adiados (voto em mobilidade e paridade), com temas inaceitáveis (Círculos Concelhios) e louváveis (voto da diáspora)”.