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Albuquerque desconhece o que está em causa nas buscas da PJ e mostra disponibilidade para colaborar

A PJ confirmou que foram detidas sete pessoas no âmbito da operação ‘AB INITIO’. A força policial salientou que foram executados 43 mandados de buscas domiciliárias e não domiciliárias, por suspeitas da prática dos crimes de “participação económica em negócio, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, prevaricação e financiamento proibido de partidos políticos”.
17 Setembro 2024, 15h57

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, diz não saber o que está em causa nas buscas efetuadas esta terça-feira na Região Autónoma da Madeira e mostra disponibilidade, da parte do executivo madeirense, em colaborar com as entidades judiciais.

A posição do governante surgiu numa altura em que ainda não existia confirmação oficial sobre as buscas que foram realizadas pela PJ.

A PJ no entanto já confirmou que foram detidas sete pessoas no âmbito da operação ‘AB INITIO’.

“Os sete detidos são autarcas, empresários, funcionários públicos, titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos. No que diz respeitos a buscas, duas delas foram realizadas em sede de municípios e quatro em secretarias regionais”, diz a PJ em comunicado.

A “CNN Portugal”, avança que entre os detidos estarão o presidente da Câmara Municipal da Calheta, Carlos Teles, os empresários José Humberto Drumond e Miguel Nóbrega, José Humberto Vasconcelos, ex-secretário regional da agricultura e pescas, António Santos, que dirigiu a agricultura da região.

A mesma publicação adianta que entre os visados da operação “AB INITIO” estão também pessoas próximas de Miguel Albuquerque, como o seu adjunto no governo regional, Miguel Silva, o secretário geral do PSD na Madeira, José Prada, e o responsável financeiro do partido, Armando Abreu.

Referindo-se às buscas que ocorreram na Madeira, Albuquerque salientou que uma denúncia anónima “pode levar a buscas, e que, face a isto, as autoridades são obrigadas à abertura de um inquérito, um inquérito que leva à recolha de provas”.

O governante voltou a salientar que o que o executivo sempre fez “foi colaborar”.

A PJ salientou que foram executados 43 mandados de buscas domiciliárias e não domiciliárias, por suspeitas da prática dos crimes de “participação económica em negócio, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, prevaricação e financiamento proibido de partidos políticos”.

A investigação foi desenvolvida pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção e pelo Departamento de Investigação Criminal da Madeira, teve início em 2020, “sobre condutas consideradas como criminalidade altamente organizada”, salientou a PJ.

A operação envolveu 110 elementos da PJ, quatro Procuradores da República, dois Juízes do Tribunal Judicial do Funchal e seis elementos do Núcleo de Assessoria Técnica. O titular do inquérito é o DIAP Regional de Lisboa – 1ª Secção.

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