A Iniciativa Liberal propõe a criação de uma zona de proteção exclusiva do Fanal, face à crescente pressão que atividades humanas têm exercido sobre o ecossistema desta zona, explica a força partidária.
O objetivo desta proposta, apresentada à Assembleia Legislativa da Madeira, é implementar um “regime de proteção rigoroso numa das áreas mais simbólicas e ecologicamente sensíveis da Floresta Laurissilva, reconhecida mundialmente pelo seu valor inestimável para a biodiversidade”, diz a força partidária.
O partido acrescentou que a criação desta zona de proteção exclusiva do Fanal surge em resposta à “crescente pressão que atividades humanas, como o pastoreio extensivo, utilização indevida e ao arrepio da lei e a introdução de espécies invasoras, vêm exercendo” sobre o ecossistema do Fanal.
“A proposta legislativa pretende reverter esse cenário, através da implementação de medidas que visam garantir a regeneração natural da vegetação, preservar espécies endêmicas e controlar atividades humanas que ameaçam o equilíbrio ambiental”, reforça a Iniciativa Liberal.
O partido sublinha que o Fanal “é uma das joias” da Floresta Laurissilva, “um ecossistema que abriga uma vasta diversidade de flora e fauna exclusivas” da região.
“Este ecossistema desempenha um papel crucial no equilíbrio ecológico da Madeira e é parte integrante do Patrimônio Mundial da UNESCO. A crescente degradação dessa área, causada principalmente pelo pastoreio descontrolado e pelo excesso de pressão humana, leva à necessidade de adotar um regime de proteção mais rigoroso”, diz a Iniciativa Liberal.
O deputado da Iniciativa Liberal, Nuno Morna, considerou que “é nosso dever garantir a proteção deste tesouro natural. O Fanal é um dos últimos refúgios da biodiversidade endêmica da Madeira e está sob ameaça constante. A criação desta zona de proteção exclusiva assegura que tomaremos as medidas necessárias para a sua recuperação e preservação, promovendo o uso sustentável da área”.
O Projeto de Decreto Legislativo Regional da Iniciativa Liberal, proposto à Assembleia da Madeira, inclui: proibição de pastoreio, recuperação ecológica através de vegetação nativa com ações de reflorestamento controlado, criação de infraestruturas turísticas e trilhas para caminhadas compatíveis com os objetivos de conservação, fomentando o turismo sustentável, plano de gestão e conservação, incluindo medidas para monitorização de ecossistemas e educação ambiental, fiscalização rigorosa através do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza.
A Iniciativa Liberal considera ainda que as “infrações à legislação serão severamente punidas, de acordo com as normas ambientais em vigor”. A força partidária acredita que estas medidas vão promover a regeneração dos ecossistemas no Fanal e também contribuir para um modelo de turismo ecológico na Madeira que “valorize a natureza sem comprometer” os recursos naturais.
“Além disso, a proposta reforça o compromisso da Região Autónoma da Madeira com a proteção ambiental e a sustentabilidade a longo prazo”, diz a força partidária.
“Esta proposta não é apenas sobre o presente, mas sobre o futuro. Proteger o Fanal é garantir que as gerações futuras possam herdar um ambiente intacto, rico em biodiversidade e vital para o nosso equilíbrio ecológico”, disse Nuno Morna.
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