Ministra afirma que Portugal teve o maior dispositivo de combate a incêndios de sempre

A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, falou pela primeira vez sobre os incêndios afirmando que “nestes dias mais críticos tivemos o maior dispositivo alguma vez utilizado no país”.

Margarida Blasco referiu que “há um tempo para prevenir e agir”, salientando que todas as informações foram feitas pelas autoridades nos “momentos oportunos”.

“MAI foi informado no dia 12 de setembro que a situação poderia agravar-se e quais as medidas que as autoridades iriam tomar para fazer face ao perigo que se aproximava”, Margarida Blasco refere que entrou em contacto com os seus homólogos internacionais, os quais forneceram meios a Portugal.

“O primeiro-ministro esteve sempre informado por mim”, afirmou a ministra da Administração Interna.

A ministra adiantou que vai-se realizar uma reunião na próxima segunda-feira, com a presença do primeiro-ministro, para discutir a criação da equipa especial de investigação, que foi anunciada pelo primeiro-ministro na passada terça-feira. Esta reunião vai contar com o Ministério Público, a PJ, a ministra da Justiça e ministra da Administração Interna, PSP e GNR.

“Havendo a crença de que muitos dos incêndios possam ter tido ação criminosa, há que distinguir entre os incêndios que eventualmente sejam negligentes dos outros que possam configurar uma associação criminosa”, refere a ministra.

De acordo com os dados da ministra entre 14 de setembro e 18 de setembro existiram 144 mil ignições, 416 em período noturno, tendo já ardido em Portugal Continental 94 mil 146 hectares. Já sobre as preocupações da rede SIRESP, Margarida Blasco refere que não há registo de falha na rede.

A ministra deixou ainda uma mensagem de agradecimento a todas as forças de segurança, nomeadamente bombeiros, que tem estado na frente de combate, “temos de agradecer a todos os bombeiros que continuam a combater as chamas”, no entanto refere que “ainda não terminou” e que “não podemos baixar os braços”.

Relembre-se que a presidente da Câmara de Arouca acusou a ministra de falta de apoio durante o primeiro dia de incêndios nesta localidade, referindo que Margarida Blasco de ter o telemóvel desligado quando tento contactar.