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Governo de Montenegro recebeu mais 42% de reclamações do que o Executivo anterior

Entre abril e setembro de 2024, o Governo recebeu um total de 7.479 reclamações, o que representa um aumento de 42,4% em comparação com as 5.251 queixas registadas durante os últimos seis meses do Executivo anterior, de outubro de 2023 a março de 2024, especificamente na categoria de Serviços e Administração Pública.
Governo Luís Montenegro administrações
JOÃO RELVAS/LUSA
2 Outubro 2024, 19h03

Passados que estão seis meses desde a tomada de posse do Governo de Luís Montenegro, o Portal da Queixa realizou uma análise das reclamações dos consumidores dirigidas ao setor público e aos serviços estatais com o objetivo de avaliar a satisfação dos portugueses.

Entre abril e setembro de 2024, o Governo recebeu um total de 7.479 reclamações, o que representa um aumento de 42,4% em comparação com as 5.251 queixas registadas durante os últimos seis meses do Executivo anterior, de outubro de 2023 a março de 2024, especificamente na categoria de Serviços e Administração Pública.

As reclamações foram categorizadas em várias subcategorias, incluindo: Administração Pública, Câmaras Municipais, Empresas de Gestão Municipal, Institutos Públicos, Polícia, Emergência e Bombeiros, Serviços Sociais e Providência, além de entidades reguladoras.

Os dados revelam que os Institutos Públicos absorveram a maior parte das reclamações, correspondendo a 57,8% do total. Em seguida, a Administração Pública recebeu 20,4% das queixas e as Câmaras Municipais foram alvo de 13,9%. As queixas dirigidas aos Serviços Sociais e Providência representaram 5,6%, enquanto a Polícia, Emergência e Bombeiros e as entidades reguladoras receberam, respectivamente, 1,4% e 0,4% das reclamações.

Esses números indicam uma crescente insatisfação dos cidadãos em relação aos serviços prestados pelo Estado, destacando áreas que podem necessitar de atenção e melhoria por parte do Governo.

Os dados referentes ao Índice de Satisfação (IS) dos diversos serviços públicos revelam que a maioria das entidades governamentais apresenta um desempenho considerado “Insatisfatório”, com 54,9% das instituições a serem classificadas dessa forma. A seguir, 25,2% das entidades obtiveram o IS “Fraco”, enquanto 8,9% foram avaliadas como “Razoável”. Apenas 2% das instituições receberam a classificação “Óptimo”, e 2,4% foram reconhecidas com o nível “Excelente”.

Além disso, a média do Índice de Satisfação das entidades em cada subcategoria é inferior a 40 pontos numa escala cujo valor máximo é 100, indicando um panorama geral de insatisfação entre os cidadãos em relação aos serviços prestados.

Entre os organismos públicos analisados, destacam-se a Autoridade Tributária, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) como as entidades que mais eficazmente resolvem os problemas reportados, apresentando altos níveis de satisfação.

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