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Marques Mendes diz que Portugal deve investir em IA para não ficar em desvantagem na “competição global”

O comentador político identificou desafios internos para Portugal, como “a integração da população imigrante, a competitividade e a produtividade”. As soluções propostas incluem “uma gestão eficaz das políticas de imigração, desenvolvimento de políticas de inovação e fiscalidade competitivas, e avanço na digitalização e na aplicação da IA”.
16 Outubro 2024, 16h36

A Cegid, líder europeia em soluções de gestão na nuvem, reuniu mais de 2000 participantes no primeiro dia do Cegid Accounting Summit, onde Luís Marques Mendes, comentador político, destacou que a Inteligência Artificial (IA) não é “uma revolução futura”, mas uma “realidade presente”. Apontou ainda a grande disparidade na adoção da IA entre a Europa (8%) e os EUA (78%), enfatizando a necessidade de Portugal investir no conhecimento para não ficar em desvantagem na competição global.

Marques Mendes identificou desafios internos para Portugal, como “a integração da população imigrante, a competitividade e a produtividade”. As soluções propostas incluem “uma gestão eficaz das políticas de imigração, desenvolvimento de políticas de inovação e fiscalidade competitivas, e avanço na digitalização e na aplicação da IA”.

O comentador político previu ainda que, independentemente da aprovação do Orçamento de Estado, 2025 será “um ano agitado, mas não instável”, e incentivou as empresas a diversificarem riscos e aos contabilistas a tornarem-se conselheiros.

Na mesa-redonda, discutiu-se o impacto da IA no redesenho dos escritórios de contabilidade. José Farinha, professor universitário, afirmou que “é inevitável a adaptação dos profissionais às novas ferramentas tecnológicas”, prevendo que a proporção de tempo dedicado a tarefas rotineiras e análise se inverterá com a IA. Paulo Ribeiro, da PwC, destacou que a IA facilitará “a explicação das contas e a discussão sobre a saúde financeira das empresas”. Tiago Costa Lima, da Cegid, alertou que, embora a IA traga muitas vantagens, o trabalho ainda precisa de “supervisão humana”.

Para esta quinta-feira, segundo dia do Cegid Accounting Summit, o foco vai incidir nos desafios da contabilidade em relação à fiscalidade em 2025, com a participação do ex-Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Carlos Lobo. As inscrições para o segundo dia ainda estão abertas no site da Cegid.

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