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Primeiro-ministro disponibiliza ajuda a Espanha devido às cheias

Luís Montenegro expressou pesar pelo elevado número de vítimas das chuvas intensas e inundações que se registam em Espanha, mais de 50, e manifestou disponibilidade para dar “toda a ajuda necessária”.
Lusa
30 Outubro 2024, 10h19

“O governo português expressa o maior pesar pelo elevado número de vítimas das inundações registadas em Espanha, mostra solidariedade a todo o povo espanhol e disponibiliza-se para toda a ajuda necessária”, lê-se numa mensagem publicada pelo Governo. Na mensagem, Luís Montenegro expressa ainda solidariedade com o governo.

Pelo menos 51 pessoas morreram em Espanha, na região de Valência, devido às chuvas torrenciais e inundações que atingiram a região na última noite e madrugada, segundo dados do governo regional da Comunidade Valenciana.

As imagens que estão a ser divulgadas pelas televisões e nas redes sociais mostram aldeias, estradas, ruas e campos inundados, carros arrastados pelas águas e presos em autoestradas e pessoas em telhados ou árvores à espera de resgate.

Na última noite, a precipitação na região de Valência foi a mais elevada em 24 horas desde 11 de setembro de 1966, de acordo com dados oficiais.

O governo de Espanha criou também uma comissão de crise para acompanhar os efeitos da tempestade na costa mediterrânica e mais de mil militares de uma unidade especial de emergência foram enviados para o terreno.

A ministra da Defesa de Espanha, Margarita Robles, disse hoje aos jornalistas, em Madrid, que a região de Valência viveu nas últimas horas “um fenómeno sem precedentes”. Segundo o serviço de emergências da Comunidade Valenciana, cerca de 200 pessoas foram resgatadas durante a madrugada de diversos locais, mas as equipas de proteção civil e de militares que estão no terreno continuam sem acesso a várias zonas afetadas, por haver vias inundadas e destruídas ou infraestruturas afetadas.

Numa declaração aos jornalistas, o coordenador das equipas de emergência, José Miguel Basset, disse que com o nascer do dia e o reforço de meios começou a ser possível iniciar resgates com meios aéreos e que há centenas de pessoas presas, por exemplo, em troços de duas autoestradas, numa situação que considerou “muito complicada”.

Além de haver infraestruturas afetadas, há também várias zonas sem comunicações e eletricidade, disse José Miguel Basset.

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