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Preço das casas em Portugal disparou 106% desde 2015

Com os preços das casas a subir todos os anos, o aumento já vai em 105,8% desde 2015. Portugal é o quarto país da UE com o maior aumento do preço das habitações.
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A man carries a placard that reads: “Houses are for living, not for profits” as people demonstrate for the right to affordable housing in Lisbon, Portugal, April 1, 2023. REUTERS/Pedro Nunes
10 Novembro 2024, 16h55

Não é novidade que os portugueses têm visto o preço das casas subir nos últimos anos, em muito por conta da inflação, da atribuição dos vistos gold e da consequente chegada de cidadãos estrangeiros com mais poder de compra. Dados do Eurostat mostram agora que os preços habitacionais em Portugal dispararam 105,8% entre 2015 e 2023.

Portugal foi mesmo o quarto país da análise do órgão estatístico europeu em que os preços mais cresceram no período em análise. A mostra indica que a Hungria se situou em primeiro lugar, com os preços a subirem 172,5%, a Lituânia ficou em segundo com um aumento de 114,2%, e a República Checa ficou em terceiro, com os preços a cresceram 111,7%.

Enquanto isso, a média europeia ficou muito aquém destas subidas acima dos 100%. De acordo com o Eurostat, a média europeia subiu 48,1% entre 2015 e 2023, impulsionado por estes quatro países, enquanto outros viram subidas menos acentuadas.

“Os principais motivos que contribuem para o aumento dos preços são os maiores custos de construção e taxas de hipoteca, uma redução na construção (que limitou a oferta) e o aumento da compra de imóveis como investimento para gerar rendimento adicional”, considera o Parlamento Europeu numa nota divulgada em relação aos dados.

Por sua vez, a Finlândia foi o país da União Europeia que menos viu os preços subir no período em análise. Entre 2015 e 2023, os preços das casas finlandesas subiram 5,4%, sendo a taxa de crescimento mais baixa de toda a UE.

Imediatamente acima da Finlândia ficaram Itália (8,3%), Chipre (10,3%) e França (31,3%). Abaixo da média europeia encontram-se ainda a Suécia (31,9%), Bélgica (36,1%) e Dinamarca (37,1%).

Relembrar que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, revelou aquando da reeleição para um novo mandato, que a habitação era uma das prioridades do bloco europeu e que, pela primeira vez, a UE ia ter um comissário responsável pela habitação, que ficou a cargo do dinamarquês Dan Jørgensen.

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