Os Estados Unidos ordenaram à fabricante de chips Taiwan Semiconductor Manufacturing Co (TSMC) para interromper as suas exportações de semicondutores avançados para a China, especialmente aqueles que são utilizados para ferramentas de Inteligência Artificial (IA). A notícia está a ser avançada pela “Reuters”, que indica que a suspensão deve entrar em vigor já na segunda-feira.
O Departamento do Comércio enviou uma carta à fabricante de Taiwan para que esta imponha restrições à exportação de determinados chips sofisticados, que visam alimentar aceleradores de IA e unidades de processamento gráfico (GPU).
Segundo fonte citada pela “Reuters”, a TSMC já terá notificado os seus clientes chineses sobre a suspensão do envio destes chips. A suspensão visa chips de 7 nanómetros ou mais pequenos.
Este pedido chega semanas depois da TSMC informar os EUA de que um dos seus chips foi encontrada num processador de IA da Huawei, o que terá corrompido o controlo das exportações, uma vez que a Huawei está na lista de comércio proibido com os EUA. A decisão vai afetar um alargado número de empresas de origem chinesas, mas também servirá para a administração norte-americana avaliar se outras empresas da lista de restrições comerciais estão a desviar chips para a chinesa Huawei ou outras empresas.
Em 2022, o Departamento do Comércio já tinha informado a Nvidia e a AMD, ambas fabricantes norte-americanas, sobre as restrições de exportação de chips de IA para a China.
A TSMC é a principal fabricante de chips a nível mundial e também a maior fornecedora de empresas norte-americanas como a Apple e a Nvidia. A fabricante, cotada em Wall Street, reportou um lucro líquido de 9,3 mil milhões de euros entre julho e setembro, num aumento de 54%, superando as estimativas dos analistas.
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