Carlos Moedas: “Passámos a ser uma cidade onde as empresas querem estar”

O presidente da Câmara de Lisboa defende que a Web Summit ajuda a atrair empresas e investimento para a cidade, mas que, com a Fábrica de Unicórnios, a capital portuguesa deixa de ser um sítio de eventos para ser um local onde as empresas querem estar.

Lisboa é por estes dias a capital europeia da tecnologia e da inteligência artificial. Que vantagens concretas inéditas traz à cidade e ao país?

Lisboa foi a Capital Europeia de Inovação ao longo de todo o ano 2024. Foi um ano fantástico. Usamos essa distinção para fazer crescer o projeto da Fábrica de Unicórnios, que já trouxe para Lisboa 14 unicórnios, 70 grandes empresas tecnológicas e com elas mais de 15 mil oportunidades de emprego.

É sobretudo importante para os mais jovens, que encontram aqui projetos verdadeiramente interessantes e que podem encontrar trabalho que lhes permita ficar em Lisboa e contribuir com o seu talento para a cidade. Essa é a principal vantagem: não apenas darmos mais oportunidades aos jovens, mas sobretudo darmos melhores oportunidades, com melhores salários e melhores projetos.

O Web Summit é um evento que nos ajudar a atrair mais empresas e mais investimento para Lisboa. Mas há todo um trabalho da Fábrica de Unicórnios ao longo do ano que é o que permite transformar estes eventos em valor concreto para a nossa economia.

Hoje, os 14 unicórnios que trouxemos para Lisboa valem mais de 100 mil milhões de euros. É equivalente a mais de um terço do PIB português.

Estão centenas de empresas em Lisboa. Estão a ser criadas condições para que permaneçam cá? Tem algum projeto fechado ou em curso?

Essa é precisamente a missão da Fábrica de Unicórnios: criar condições para que as empresas mais inovadoras do mundo possam instalar-se em Lisboa e crescer a partir daqui. E isso exige um apoio muito direto e uma grande capacidade de competir com outras cidades.

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