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Mais de 20% das empresas têm especialistas em TIC, estima INE

Números constam do inquérito anual à utilização de tecnologias da informação e da comunicação nas empresas, que foi divulgado esta quinta-feira.
21 Novembro 2024, 12h11

Cerca de 20,6% das empresas em Portugal com dez ou mais trabalhadores contam com especialistas em Tecnologias da informação e comunicação (TIC), de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), que dá nota de uma subida de 0,6 p.p. face aos números de 2022.

Os dados constam do inquérito anual à utilização de tecnologias da informação e da comunicação nas empresas, segundo o qual a percentagem de empresas com este serviço aumenta com o escalão de pessoal ao serviço: 14,7% nas organizações que têm entre dez e 49 pessoas ao serviço, 47,5% nas empresas com 50 a 249 pessoas e 79,6% nas empresas com 250 ou mais funcionários. Mas são as empresas que têm entre 50 e 249 trabalhadores que registam o maior aumento (+1,6%) comparando com os dados de 2022.

De acordo com o boletim, que foi divulgado na manhã desta quinta-feira, sem surpresas, o setor da informação e comunicação destaca-se (80,6%), seguido de outros serviços (39,1%) e construção e atividades imobiliárias (9,3%).

“Face a 2022, o comportamento não foi homogéneo, a maioria dos setores apresenta acréscimos inferiores a 1,0 p.p., à exceção dos Outros Serviços, com mais 8,3 p.p., e a Indústria e energia, o Alojamento e restauração e o Comércio registam decréscimos (-1,0 p.p., -0,8 p.p. e -0,7 p.p., respetivamente)”, refere o INE no mesmo boletim.

Passando ao capítulo da formação, no ano passado, 27,8% das empresas em Portugal ofereceram ações de formação para desenvolvimento de competências TIC, o que traduz uma subida de 4,1 p.p. em relação aos números de 2021. Estas ações foram disponibilizadas, em maior escala, a trabalhadores de outras áreas.

“Por escalão de pessoal ao serviço, estas proporções aumentam com o escalão de pessoal e foram as empresas com 250 ou mais pessoas ao serviço que mais promoveram estas ações de formação, seja para especialistas em TIC (62,2%), seja para outras categorias de pessoal (66,2%). À semelhança do verificado em 2021, foram as empresas do setor da Informação e comunicação que promoveram mais ações de formação em TIC em 2023, tendo a percentagem de ações de formação direcionadas para pessoal especialista em TIC (67,9%) sido superior à do pessoal de outras categorias (66,4%), contrariamente ao verificado nos restantes setores de atividade económica”, detalha a mesma nota do INE.

Dificuldades no recrutamento de especialistas em TIC

Segundo o gabinete de estatísticas, 82% das empresas que recrutaram ou tentaram recrutar pessoal especialista nesta área reportaram dificuldades no processo devido às “expetativas de remuneração dos candidatos muito elevadas”, enquanto 69,1% denunciaram “falta de experiência profissional relevante dos candidatos”.

“A falta de candidaturas e a falta de qualificações (educação ou formação) relevantes relacionadas com as TIC dos candidatos foram referidas por 66,8% e 60,3% destas empresas, respetivamente ( -15,3 p.p. e + 3,6 p.p. pela mesma ordem, face a 2021)”, explica o INE.

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