O indicador de confiança dos consumidores aumentou ligeiramente em novembro, após ter diminuído em outubro, e o indicador de clima económico voltou a subir, atingindo o máximo desde março de 2019, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo os resultados dos “Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores”, a subida do indicador de confiança dos consumidores “resultou do contributo positivo das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar e das perspetivas de evolução futura da situação económica do país”.
Em sentido contrário, as expectativas de evolução futura da situação financeira do agregado familiar e de realização de compras importantes por parte das famílias registaram um contributo negativo.
Já o indicador de clima económico, baseado em inquéritos às empresas, aumentou entre setembro e novembro, atingindo o máximo desde março de 2019, com a confiança a aumentar na construção e obras públicas, nos serviços e no comércio e a diminuir ligeiramente na indústria transformadora.
No que se refere ao indicador de confiança dos consumidores, o saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país “aumentou no último mês, depois da diminuição significativa registada em outubro”, refere o INE.
O saldo das perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar diminuiu em novembro, após os aumentos dos dois meses anteriores, “de forma ténue em outubro”.
Já os saldos das opiniões sobre a evolução passada e das perspetivas relativas à evolução futura dos preços diminuíram ambos em novembro, após os “aumentos significativos” de outubro.
Na indústria transformadora, o indicador de confiança diminuiu em outubro e novembro, “de forma ténue” no último mês, após ter aumentado nos dois meses anteriores.
A evolução deste indicador deveu-se ao contributo negativo das perspetivas de produção, tendo as apreciações relativas aos ‘stocks’ de produtos acabados e as opiniões sobre a evolução da procura global contribuído positivamente.
Por seu turno, o indicador de confiança da construção e obras públicas aumentou em outubro e novembro, após ter diminuído em setembro, refletindo o contributo positivo das suas duas componentes (apreciações sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego).
O INE refere que, neste setor, o principal fator limitativo à atividade indicado pelas empresas continuou a ser a dificuldade em recrutar pessoal qualificado, registando-se um aumento no último mês da percentagem de empresas que referiu este obstáculo, depois da diminuição dos dois meses anteriores.
Já no comércio, o indicador de confiança aumentou em novembro, após ter estabilizado no mês anterior, refletindo o contributo positivo das apreciações sobre o volume de vendas e das perspetivas de atividade da empresa, enquanto as apreciações sobre o volume de ‘stocks’ contribuíram negativamente.
Em novembro, o indicador de confiança aumentou no comércio por grosso e diminuiu no comércio a retalho.
Quanto aos serviços, viram o indicador de confiança aumentar entre setembro e novembro, após ter diminuído em agosto.
Esta evolução resultou do contributo positivo de todas as componentes: Perspetivas relativas à evolução da procura, apreciações sobre a atividade da empresa, e opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas, “mais expressivo no último caso”.
Os períodos de recolha de informação pelo INE no âmbito deste inquérito decorreram entre 04 e 16 de novembro no caso dos consumidores, com 1.384 respostas obtidas por entrevista telefónica, e entre 01 a 22 de novembro no caso dos inquéritos às empresas.
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