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Relatório da Amnistia Internacional acusa Israel de genocídio em Gaza

A organização, com sede em Londres, afirmou ter chegado a essa conclusão após meses de análise de incidentes e declarações de autoridades israelitas, caracterizando o atual cenário como a primeira determinação desse tipo durante um conflito armado ativo.
Ronen Zvulun /Reuters
5 Dezembro 2024, 13h05

A Amnistia Internacional acusou o Estado de Israel de cometer genocídio contra os palestinos na guerra que afeta o território de Gaza, conforme um relatório divulgado nesta quinta-feira, dia 5 de dezembro.

A organização, com sede em Londres, afirmou ter chegado a essa conclusão após meses de análise de incidentes e declarações de autoridades israelitas, caracterizando esse cenário como a primeira determinação desse tipo durante um conflito armado ativo.

A Convenção sobre Genocídio de 1948 define o genocídio como atos cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso.

Israel rejeita a acusação, afirmando que respeita o direito internacional e que se defende após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Oren Marmorstein, criticou a Amnistia Internacional, catalogando o relatório de “fabricado” e “falso”.

Curiosamente, a unidade da Amnistia em Israel distanciou-se das conclusões do relatório, afirmando que não participou na pesquisa e que não acredita em genocídio em Gaza, embora tenha reconhecido que a violência atingiu “níveis horríveis”.

O relatório foi publicado pouco depois do Tribunal Penal Internacional (TPI) emitir mandados de prisão para o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e para o seu ex-chefe de Defesa por supostos crimes de guerra.

Agnes Callamard, secretária-geral da Amnistia Internacional, afirmou que “não há dúvida” de que um genocídio está em curso, após meses de pesquisa.

A Amnistia pediu ao procurador do TPI que investigue o alegado genocídio, enquanto o escritório do procurador afirmou que está no terreno a avaliar os supostos crimes nos territórios palestinianos.

 

 

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