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Um terço dos trabalhadores considera mudar de emprego nos próximos 12 meses

Segundo estudo da LHH “Outplacement and Career Mobility Trends Report 2024”, outros 26% equacionam mudar, mas num prazo mais alargado. Estudo inquiriu mais de 3 mil líderes de recursos humanos e 8 mil trabalhadores de colarinho branco em nove países. Portugal não está incluído.
6 Dezembro 2024, 16h10

Mais de um terço (36%) dos trabalhadores continuam preocupados com a possibilidade de serem despedidos, enquanto 31% consideram mudar de emprego nos próximos 12 meses. A estes, juntam-se mais 26% que consideram fazê-lo num prazo mais alargado. Já do lado dos responsáveis de recursos humanos, 25% mostram-se preocupados com o esgotamento das equipas de trabalho em resultado dos despedimentos.

Estas são algumas conclusões do estudo da consultora em recursos humanos LHH, denominado “Outplacement and Career Mobility Trends Report 2024”, que inquiriu mais de 3 mil líderes de recursos humanos e 8 mil trabalhadores de colarinho branco em nove países – França, Alemanha, Áustria, Suíça e Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Brasil. Portugal não está incluído. 

Pedro Rocha e Silva, recém-nomeado managing director da LHH | DBM Portugal, destaca outra das principais conclusões deste estudo global: a necessidade de haver melhor comunicação e apoios necessários para os colaboradores que estão de saída.

“Tomar medidas para garantir que os colaboradores despedidos estão bem familiarizados com os apoios disponíveis é essencial para manter o seu foco na necessidade de procurar uma nova saída profissional”, explica o gestor. E acrescenta: “Isso garante goodwill à empresa e mostra aos colaboradores que existe uma preocupação da empresa em fazer o que entende correto, mesmo em condições difíceis”.

Criar as melhores condições possíveis para que as pessoas possam reenquadrar-se no mercado de trabalho, deverá ser, na opinião de Pedro Rocha e Silva, “mais do que um ato de reconhecimento ou agradecimento, ou uma ação de responsabilidade social, deverá ser o evidenciar de uma forte crença que essas práticas sustentadas trazem efetivos benefícios à organização, nomeadamente a nível do seu clima social e capacidade de atração e retenção”. Como reforça, “estas práticas passam uma forte mensagem não só aos envolvidos como igualmente aos que ficam!”.

O estudo da LHH mostra que 73% das empresas já estão a realizar ou a considerar alterações à sua estrutura de recursos humanos.

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