Novobanco quer explorar mercado de capitais e diversificar a base acionista

“Hoje celebramos o início de uma nova etapa”, começa assim a carta aos colaboradores da Comissão Executiva do Novobanco, liderada por Mark Bourke a propósito da assinatura do acordo de alteração e rescisão entre o Novobanco, a sua acionista Nani Holding (Lone Star) e o Fundo de Resolução, relacionado com o Acordo de Capitalização Contingente (CCA) antes do seu vencimento contratual em dezembro de 2025.

“É com grande satisfação que partilhamos convosco que o Novobanco, a Nani Holdings e o Fundo de Resolução chegaram hoje a acordo para terminar antecipadamente o Mecanismo de Capitalização Contingente (CCA)”, revela a carta a que o Jornal Económico teve acesso.

Este mecanismo foi criado em outubro de 2017, com o objetivo de garantir níveis de capital adequados para as operações do Novobanco durante o período de reestruturação, e tinha maturidade contratual prevista para dezembro de 2025.

“Depois da conclusão bem-sucedida do Período de Reestruturação, o fim do CCA marca o início de uma nova etapa para o Novobanco”, sublinha o board.

“Este marco permite-nos avançar para a normalização da nossa estrutura de capital, passo importante na prossecução da nossa estratégia enquanto banco nacional, sólido e sustentável”, continua a Comissão Executiva.

A administração executiva diz mesmo que “neste contexto, encontramo-nos agora em condições de explorar oportunidades no mercado de capitais que permitam diversificar a nossa base acionista e consolidar o nosso posicionamento no setor financeiro português”.

Isto é, o banco continua a privilegiar a solução de venda em bolsa de parte do capital.

“Ser um banco independente é a nossa meta, sustentada na disciplina e consistência da execução da nossa estratégia, comprovada por três anos de sólido desempenho comercial e financeiro”, refere a equipa liderada por Mark Bourke que destaca que os trabalhadores do banco “são a base do nosso sucesso, presente e futuro”.