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“Inaceitável”: presidente da Junta de Santa Maria Maior condena operação policial no Martim Moniz

“Fomentam o ódio. Acho que esta operação policial foi inaceitável num Estado democrático e num Estado de direito que respeita os direitos humanos. Não se pode encostar à parede uma rua inteira para identificar. E com parcos resultados, como verificámos”, afirmou o autarca socialista, em declarações à “CNN”.
20 Dezembro 2024, 19h53

“Apenas para o show off, erradas e não resultam”. É desta forma Miguel Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, rotula as operação da PSP que encostou à parede dezenas de pessoas na zona do Martim Moniz, em Lisboa.

“Fomentam o ódio. Acho que esta operação policial foi inaceitável num Estado democrático e num Estado de direito que respeita os direitos humanos. Não se pode encostar à parede uma rua inteira para identificar. E com parcos resultados, como verificámos”, afirmou o autarca socialista, em declarações à “CNN Portugal”.

“É uma operação policial que pode ser facilmente confundida com um ato racista ou xenófobo. Aqui vivem as tais comunidades do subcontinente indiano; não são as comunidades mais problemáticas que temos neste território. Aqui, temos problemas de insegurança relacionados com a droga, onde infelizmente estão envolvidas todas as etnias, a começar pela nossa própria e, se calhar, maioritariamente”, acrescentou Miguel Coelho.

Uma operação policial na quinta-feira, no Martim Moniz, resultou na detenção de duas pessoas e na apreensão de quase quatro mil euros em dinheiro, bastões, documentos, uma arma branca, um telemóvel e uma centena de artigos contrafeitos.

O enorme aparato policial na zona, onde moram e trabalham muitos imigrantes, levou à circulação de imagens nas redes sociais em que se vislumbram, na Rua do Benformoso, dezenas de pessoas encostadas à parede, de mãos no ar, para serem revistadas pela polícia, e comentários sobre a necessidade daquele procedimento.

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