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Operação da PSP no Martim Moniz leva IGAI a abrir processo administrativo

Na passada quinta-feira, a PSP avançou com um forte dispositivo policial que cercou a rua do Benformoso, em Lisboa, onde há uma grande comunidade de cidadãos do subcontinente indiano.
24 Dezembro 2024, 11h12

A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) abriu, “por sua iniciativa, um processo administrativo, com solicitação de informações à PSP sobre a referida operação”, avançou o “Expresso. Em causa está a ação policial levada a cabo na rua Benformoso na quinta-feira.

Na passada quinta-feira, a PSP avançou com um forte dispositivo policial que cercou a rua do Benformoso, em Lisboa, onde há uma grande comunidade de cidadãos do subcontinente indiano. Os polícias procederam à revista de centenas de pessoas, tendo detido duas.

Depressa surgiram reações à atuação da PSP que foi fortemente criticada por associações de imigrantes, grupos antirracistas e várias forças políticas, que acusaram a força policial de estar ao serviço da propaganda do Governo contra os cidadãos estrangeiros irregulares.

De recordar que 21 personalidades da área da política e da Justiça acusaram o Governo, numa carta aberta ao primeiro-ministro, de “ataque ao Estado social e de direito” com a operação policial da semana passada, que consideram intolerável.

“[O senhor primeiro-ministro] parece achar que pode “dar visibilidade” às pessoas expostas na rua as pessoas perfiladas por dezenas de polícias contra a parede, numa ação que nos faz lembrar tempos que julgávamos enterrados, pessoas encostadas à parede em função de um critério que é o da sua origem, o da diversidade da sua cultura ou o da cor da sua pele”, apontam as personalidades na carta aberta.

Nesta segunda-feira, o líder do Chega, André Ventura, foi visitar o Martim Moniz e Rua do Benformoso e contactou a população que lá mora. Ventura entregou rosas brancas, recebeu rosas vermelhas e ouviu queixas dos habitantes e demonstrou-se solidário para com a polícia.

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