A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) defendeu, ao Diário de Notícias, que seja garantido um tempo de permanência mínima dos trabalhadores estrangeiros no país de forma a evitar que estes profissionais migrem para outras geografias na Europa.
“Este visto não será apenas válido para Portugal, é válido para o espaço Schengen, do qual fazemos parte. Não faz sentido que sejam as empresas portuguesas a custear a formação, a deslocação para Portugal e os custos de estadia e que depois Portugal seja uma porta aberta para a Europa à custa do investimento das empresas portuguesas. Precisamos de encontrar soluções que não violem as regras comunitárias de circulação de pessoas e que acomodem essa circunstância para que as empresas não estejam a investir correndo depois o risco de perderem os trabalhadores”, referiu ao DN o presidente da CIP.
Armindo Monteiro disse deverá ser encontrado um mecanismo que permita calcular o investimento das empresas “sem, no entanto, colocar em causa o cumprimento das leis europeias”.
“Preferimos, naturalmente, ir pela via contratual, e encontrar mecanismos na lei que nos permitam assegurar este quadro. Não queremos transferir para o Estado esta responsabilidade que deve ser entre a empresa e o trabalhador, mas precisamos de um compromisso e de um equilíbrio”, disse o dirigente da CIP.
A proposta da CIP vem num momento em que o tema da emigração está em cima da mesa, depois da intervenção policial no bairro Benformoso, em Lisboa, na passada quinta-feira.
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