A Nissan será vítima de uma “carnificina” de redução de custos se unir forças com a sua congénere japonesa Honda, disse o ex-CEO da Nissan Carlos Ghosn à “CNBC”
“Acho que, sem dúvida alguma, a Honda estará no comando, o que é muito triste de ver depois de ter liderado a Nissan por 19 anos [e] levado a Nissan à vanguarda da indústria, ver que eles serão vítimas de uma carnificina, porque há uma duplicação total entre a Nissan e a Honda”, disse Ghosn.
Ghosn, que já liderou três empresas como parte da aliança Nissan-Renault-Mitsubishi, está residindo no Líbano após ser preso no Japão em novembro de 2018 e fugir de julgamento por acusações de crimes financeiros. No entanto, o ex-CEO da Nissan nega má conduta.
“Não há praticamente nenhuma complementaridade aqui, o que significa que, se eles quiserem fazer sinergia, será por meio de talvez redução de custos, duplicação de plano, duplicação de tecnologia, e sabemos exatamente quem vai pagar o preço disso. Vai ser o parceiro menor, e vai ser a Nissan”, considerou Ghosn.
De recordar que foi na segunda-feira, dia 23 de dezembro, que a Nissan e Honda anunciaram planos de fusão.
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