O Movimento CDSXXI quer que seja constituída uma comissão parlamentar de inquérito ao alegado envolvimento da líder dos democratas-cristãos, Assunção Cristas, no processo de venda do antigo Pavilhão Atlântico. A corrente de opinião interna do CDS considera que é “urgente” clarificar o papel de Assunção Cristas na venda do Pavilhão Atlântico ao consórcio do genro do antigo presidente da República Aníbal Cavaco Silva.
O pedido de esclarecimentos do Movimento CDSXXI surge na sequência de uma investigação divulgada pela TVI, na semana passada, que aponta para suspeitas de favorecimento na venda do antigo Pavilhão Atlântico (atual Altice Arena), em 2012, ao consórcio de Luís Montez, empresário e responsável pelo festival Meo Sudoeste, em detrimento de outros dois concorrentes: o grupo de Álvaro Covões, fundador do NOS Alive, e a multinacional do desporto e entretenimento AEG.
A investigação dá conta de que o genro de Cavaco Silva “não tinha dinheiro” para comprar a maior sala de espetáculos do país, mas ainda assim conseguiu fazê-lo, com a ajuda do Governo PSD/CDS. Assunção Cristas era, na altura, ministra do Ambiente e Ordenamento do Território e foi quem escolheu os candidatos admitidos a concurso.
A fação minoritária do CDS, encabeçada por Pedro Borges de Lemos, pede por isso que “apurar as eventuais responsabilidades objetivas ou a ausência delas da ex-ministra do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, que escolheu adjudicar a proposta de compra do Pavilhão Atlântico ao consórcio de Luís Montez”.
“Para que o bom nome e a credibilidade do CDS-PP não saiam feridos numa época pré-eleitoral, considera o nosso Movimento ser de apurar até às últimas consequências todos os contornos deste negócio e, caso tenha havido favorecimento, o nome dos seus promotores”, afirma a facção do partido, num comunicado enviado ao Jornal Económico.
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