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OMS precisa de 1,5 mil milhões para ajuda humanitária a mais de 300 milhões de pessoas

“Este ano, a OMS está a apelar a 1,5 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) para apoiar o trabalho de salvar vidas nas emergências que já conhecemos e para agir rapidamente em novas crises”, referiu o diretor-geral da OMS, no lançamento do Apelo de Emergência em Saúde para este ano.
Organização Mundial de Saúde
16 Janeiro 2025, 15h43

Mais de 300 milhões de pessoas necessitam de ajuda humanitária urgente em vários países, alertou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS), que estima necessitar de 1,5 mil milhões de dólares para responder a emergências em 2025.

“Este ano, a OMS está a apelar a 1,5 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) para apoiar o trabalho de salvar vidas nas emergências que já conhecemos e para agir rapidamente em novas crises”, referiu o diretor-geral da OMS, no lançamento do Apelo de Emergência em Saúde para este ano.

Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, a OMS respondeu, em 2024, a 51 emergências em dezenas de países, desde conflitos, surtos de doenças e desastres relacionados com as alterações climáticas e, para este ano, estima que mais de 300 milhões de pessoas de várias partes do mundo vão necessitar de assistência humanitária urgente.

Um número que poderá “criar uma crise de saúde global sem precedentes”, alertou ainda a agência das Nações Unidas, ao salientar que o seu trabalho vai muito para além da prestação de cuidados de saúde imediatos.

“Sem um financiamento adequado e sustentável, enfrentamos a tarefa impossível de decidir quem vai receber cuidados de saúde e quem não vai”, avisou Tedros Adhanom Ghebreyesus, para quem os conflitos, os surtos, desastres relacionados com o clima e outras emergências de saúde já não são fenómenos isolados ou ocasionais, mas estão a sobrepor-se e intensificar-se.

O Apelo de Emergência de Saúde (HEA) de 2025 identifica as prioridades críticas e os recursos necessários para lidar com 42 emergências de saúde em curso, incluindo 17 crises de grau 3, consideradas as mais graves.

“Este apelo não é apenas sobre números, é um empenhamento coletivo para salvar vidas”, referiu o responsável da OMS, que reconheceu que o sistema de financiamento da saúde global confrontou-se em 2024 com a falta de recursos financeiros para responder às emergências em várias zonas como a Ucrânia, a República Democrática do Congo, o território palestiniano ocupado ou o Sudão.

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