Paulo Portas, vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), defendeu esta terça-feira que Donald Trump parece ter escolhido começar pelas deportações em detrimento das tarifas, de acordo com análise das primeiras palavras do republicano na tomada de posse que decorreu no início desta semana.
“Entre as tarifas e as deportações, Trump parece ter escolhido pelas deportações”, indicou o antigo governante.
Relativamente aquilo que não foi dito no primeiro discurso do novo presidente dos EUA, Paulo Portas dá destaque ao facto de Trump “não ter anunciado nenhuma tarifa sobre a China”, o que no entender do antigo ministro “pode sugerir uma abordagem transacional e não confrontacional”.
Ainda nos temas que podem tocar o raio de influência da China, Paulo Portas deu destaque ao facto de não ter existido qualquer referência à Ucrânia e à Rússia nem a Taiwan.
Por outro lado, o antigo governante não detetou qualquer tipo de menção às promessas económicas como a redução de impostos ou o controlo da política monetária pelo Executivo e que isso pode ser explicado “pela difícil situação do défice e da dívida e pelo próximo risco de shutdown“.
Sobre as deportações, o vice-presidente da CCPI alertou que as deportações em massa e as tarifas “têm consequências económicas” e sobre as tarifas apontou que há duas que são “pouco racionais”: 25% sobre o Canadá e 25% sobre o México. “Tarifar o México significa tarifar boa parte das empresas americanas e o Canadá tem pronta uma lista de produtos americanos para que sejam tarifados – este é o risco, o de uma escalada protecionista”, explicou.
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