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Bloomberg Philanthropies substitui administração dos EUA nas obrigações climáticas

A saída do Acordo de Paris, decidida por Donald Trump, coloca desafios novos aos norte-americanos. Nomeadamente financeiros. O bilionário Michael Bloomberg vai oferecer ajuda.
Bloomberg
Michael Bloomberg
23 Janeiro 2025, 10h48

A filantropia do ex-governador de Nova Iorque Michael Bloomberg e de outros financiadores norte-americanos cobrirá as obrigações financeiras dos Estados Unidos com a ONU depois de o presidente Donald Trump ter imposto a retirada dos Estados Unidos – pela segunda vez – do acordo climático de Paris. Bloomberg, um bilionário dos media que é também enviado especial da ONU para mudanças climáticas – e que em tempos sonhou ser presidente dos EUA – anunciou que a Bloomberg Philanthropies cobrirá mais uma vez o financiamento que o seu país deve anualmente à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e garantirá que os EUA cumpram as suas obrigações de gerar relatórios de emissões para a organização, apesar do recuo da diplomacia climática global sob Trump.

“De 2017 a 2020, durante um período de inação federal, cidades, Estados, empresas e o público enfrentaram o desafio de cumprir os compromissos da nossa nação – e agora estamos prontos para fazê-lo novamente”, disse Bloomberg, que acrescentou que a sua organização também investe no apoio a líderes locais, reforçando dados para rastrear emissões e construindo alianças entre os setores público e privado para levarem por diante a ação climática dos EUA.

rump disse que iria retirar os Estados Unidos do acordo climático de Paris e acabar com todos os compromissos financeiros ‘pendurados’ nas ações climáticas internacionais numa das suas primeiras ordens executivas. Para preencher o vazio, vários Estados, cidades e empresas norte-americanas comprometeram-se a continuar a atingir as metas climáticas de Paris.

Os EUA pagaram a sua contribuição de 7,2 milhões de euros para o secretariado da UNFCCC para 2024, e também pagaram 3,4 milhões de euros atrasados para 2010-2023. O secretariado, criado sob o tratado da UNFCCC de 1992, é o principal órgão mundial para coordenar os esforços internacionais para reduzir as emissões de aquecimento climático e realizar cimeiras.

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