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Arrendar casa em Lisboa exige 91% dos rendimentos

Lisboa e Funchal são as cidades que requerem o maior esforço por parte das famílias para arrendar uma casa, sendo necessário canalizar 91% dos seus rendimentos, de acordo com dados do “Idealista”.
29 Janeiro 2025, 09h15

Comprar casa em exigiu aos portugueses uma taxa de esforço nacional de 70% dos rendimentos em dezembro do ano passado, um valor que desceu dois pontos percentuais face aos indicadores registados no quarto trimestre de 2023, de acordo com dados do portal “Idealista” avançados esta quarta-feira.

De acordo com a mesma fonte, e analisados os mesmos períodos, o esforço financeiro para arrendar uma casa em Portugal aumentou de 81% (quarto trimestre de 2023) para 83% (quatro trimestre de 2024), uma tendência inversa relativamente à compra de habitação em Portugal.

A conclusão é do idealista, que analisou a evolução das taxas de esforço entre o quarto trimestre de 2023 e o mesmo período de 2024, tanto no mercado de compra como no de arrendamento.

O “Idealista” avaliou a taxa de esforço exigida em vinte cidades e concluiu que foi em Viana de Castelo que essa taxa mais aumentou no último ano, passando de 47% no quarto trimestre de 2023 para 57% no mesmo período de 2024. Ponta Delgada ((8 p.p.), Lisboa (4 p.p.), Setúbal (3 p.p.), Braga (2 p.p.), Coimbra (2 p.p.), Funchal (2 p.p.), Viseu (2 p.p.) e Aveiro (1 p.p.) também alinharam por esta tendência. Na Guarda, Leiria e Porto a taxa de esforço não variou durante este período.

Em termos de diminuição, a taxa de esforço diminuiu em Faro (-11 p.p.), Beja (-10 p.p.), Évora (-7 p.p.), Bragança (-6 p.p.), Portalegre (-2 p.p.), Castelo Branco (-2 p.p.), Santarém (-1 p.p.) e Vila Real (-1 p.p.).

Lisboa e Funchal lideram esforço

Lisboa e Funchal são as cidades que requerem o maior esforço por parte das famílias para arrendar uma casa, sendo necessário canalizar 91% dos seus rendimentos. Segue-se o Porto (76%), Faro (76%), Setúbal (65%), Aveiro (59%), Ponta Delgada (58%), Viana do Castelo (57%), Braga (56%), Évora (56%), Santarém (50%), Leiria (48%), Viseu (46%), Coimbra (44%) e Vila Real (40%).

Em sentido contrário, ou seja as cidades onde as rendas da casa pesam menos nos rendimentos familiares, são Portalegre (31%), Bragança (32%), Beja (33%), Castelo Branco (34%) e Guarda (35%). De referir que todas as capitais de distrito, com a exceção de Portalegre, Bragança e Beja, apresentaram taxas de esforço superiores ao recomendado, de 33%.

Comprar: esforço aumentou mais em Portalegre

Seis capitais de distrito viram aumentar o esforço para comprar uma casa, de acordo com os mesmos dados. Foi em Portalegre onde a taxa de esforço mais aumentou, passando de 18% a 22%, originando um aumento de 4 p.p. Seguem-se os aumentos da taxa de esforço em Setúbal (3 p.p.), Vila Real (3 p.p.), Santarém (1 p.p.), Ponta Delgada (1 p.p.) e Bragança (1 p.p.). Já na Guarda e Viseu, a taxa de esforço não variou durante este período. Por outro lado, a taxa de esforço diminuiu no Funchal (-13 p.p.), Porto (-10 p.p.), Viana do Castelo (-8 p.p.), Faro (-8 p.p.), Lisboa (-8 p.p.), Évora (-7 p.p.), Braga (-6 p.p.), Leiria (-6 p.p.), Castelo Branco (-3 p.p.), Aveiro (-3 p.p.), Coimbra (-2 p.p.) e Beja (-2 p.p.).

No quarto trimestre do ano, as cidades com a maior taxa de esforço para comprar casa foram Funchal (102%) e Faro (101%), seguidas por Lisboa (95%), Porto (73%), Aveiro (69%), Ponta Delgada (63%), Viana do Castelo (57%), Braga (56%), Leiria (53%), Viseu (50%), Setúbal (50%), Coimbra (47%), Évora (45%), Vila Real (39%) e Santarém (35%).

Em cinco capitais de distrito é possível comprar casa com uma taxa de esforço inferior à recomendada de 33% (em que a prestação da casa pesa menos de um terço do rendimento disponível da família): Guarda (17%), Castelo Branco (19%), Portalegre (22%), Beja (22%) e Bragança (32%).

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