A gigante de bebidas alcoólicas Diageo reduziu a sua previsão de resultados para este ano final, depois das notícias que davam conta da aplicação de tarifas alfandegárias ao Médico e ao Canadá. Isto porque a dona da Guinness tem produtos que só podem ser fabricados nestes dois países e perto de metade das suas vendas e exportações acontecem nos Estados Unidos.
Ora, a tequila Don Julio e o whisky Crown Royal Canadian só podem ser produzidos nos países que levaram com tarifas de 25% por parte do presidente norte-americano, embora a sua aplicação tenha sido adiada por o período de um mês.
Com estas tarifas, a serem implementadas em março, o diretor financeiro da Diageo prevê que a empresa pode sofrer um prejuízo de 200 milhões de dólares no seu lucro operacional. Até 30 de junho, o CFO estima um impacto severo, mas garante que a empresa tem planos que visam mitigar o impacto.
“A Diageo antecipou e planeou vários cenários potenciais relacionados com tarifas nos últimos meses. A confirmação neste último fim de semana, embora antecipada, pode impactar este momentum“, escreve a dona da Guinness e também da Johnnie Walker nos resultados do semestre fiscal, terminado a 31 de dezembro, assinada pela CEO Debra Crew.
Estas taxas “acrescentam mais complexidade à nossa capacidade de fornecer orientação futura atualizada, visto que esta é uma nova e dinâmica situação. Estamos a tomar várias medidas para mitigar o impacto e a interrupção dos nossos negócios que as tarifas podem causar, e continuaremos a avaliar com a administração dos EUA sobre um impacto mais amplo que poderá existir em todo o setor da hospitalidade, nomeadamente consumidores, distribuidores, comércio e pontos de venda”, aponta Debra Crew.
Atualmente, a empresa já se encontra a fazer uma “gestão do stock”, por forma a controlar a exportação e importação da mercadoria entre países antes da entrada em vigor das taxas.
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