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Santander Totta obtém lucros de 990 milhões em 2024 a subirem 11%

A margem financeira em 2024 subiu 6,6% para 1,59 mil milhões de euros, o que ajudou à subida do produto bancário de 5,9% para 2,07 mil milhões de euros. A rentabilidade medida pelo RoTE atingiu os 25,4%.
Santander Pedro Castro e Almeida garantia pública
7 Fevereiro 2025, 11h24

O Santander Totta registou lucros de 990 milhões de euros, o que compara com 894,6 milhões de euros em 2023.  A margem financeira subiu 6,6% para 1,59 mil milhões de euros, o que ajudou à subida do produto bancário de 5,9% para 2,07 mil milhões de euros. Isto apesar de alguma queda dos lucros trimestrais, de 230,3 milhões (no terceiro trimestre) para 211,9 milhões no 4º trimestre.

As comissões em 2024 caíram 1,1% para 452,2 milhões.

Por outro lado os custos operacionais subiram 1,6% para 528,3 milhões de euros. Por isso o rácio de eficiência fixou-se 25,5%.

A rentabilidade medida pelo RoTE atingiu os 25,4%e o ROE (rentabilidade dos capitais próprios) está nos 22,8%.

Pedro Castro e Almeida, CEO do banco, disse, na apresentação de contas, que mantém algum otimismo para 2025.

O banco explicou que o crédito total a clientes (bruto) ascendeu a 50,3 mil milhões de euros, mais 12,9%, e a quota de mercado do crédito à habitação é de 23%.

O Santander destaca o aumento expressivo da nova produção de crédito, em especial à habitação, onde o banco tem uma posição de liderança no segmento, ao ter originado cerca de um quarto do volume de novas hipotecas em 2024. A carteira de crédito hipotecário cresceu 5,5% para 23,3 mil milhões  de euros. Neste segmento está o crédito jovem com garantia pública de apoio à aquisição de habitação própria permanente. O Santander Totta tem 259 milhões de euros da garantia pública que serve para cobrir 15% do valor da casa para o segmento de jovens até aos 35 anos.

“No primeiro mês de aplicação da medida, foram efectuados mais de mil pedidos de crédito ao abrigo dessa garantia, correspondentes a um montante de crédito hipotecário de cerca de 200 milhões de euros”. Manuel Preto, CFO do Santander, disse que a taxa de aprovação deste créditos é de perto de 90%. O valor médio dessas operações é de 190 mil euros a 200 mil euros, disse o administrador Miguel Belo de Carvalho.

O crédito ao consumo cresceu 8,1% para 1,9 mil milhões de euros.

Já o crédito a empresas e institucionais ascendeu a 24,9 mil milhões de euros, subindo 21,6%.

Os depósitos subiram 5,4% para 37,16 mil milhões de euros. Os recursos totais subiram 5,9% para 45,9 mil milhões de euros, segundo a instituição.

Em termos de qualidade dos ativos, o rácio de crédito malparado (NPE – Non Performing Exposure) fixou-se em 1,6% (-1,1 pontos percentuais que em dezembro de 2023). A cobertura por imparidades específicas é de 57% (a cobertura por imparidades é de 84,1%).

O custo do risco de crédito é residual fixando-se em 0,03% (-0,14 pontos percentuais face ao ano anterior).

O Santander Totta revelou que as provisões líquidas e outros resultados ascenderam a 57,9 milhões de euros, dos quais estão incluídos os encargos com a contribuição extraordinária sobre o setor bancário e o adicional de solidariedade, no valor de 35 milhões de euros.

O banco destaca o crescimento da base de clientes, sendo que os clientes ativos aumentaram 78 mil novos (uma subida de 4,3% face a 2023). Os clientes digitais aumentaram 85 mil no período para 1,26 milhões.

As novas contas abertas aumentaram 20,5% e novos cartões de débito e de crédito emitidos pelo banco cresceram 13,5%.

“A nossa estratégia em Portugal é clara, é de crescimento orgânico”, frisou Pedro Castro e Almeida que admitiu que no passado olhou para o Novobanco. “Não está no nosso radar fazer aquisições”, disse o CEO.

Sobre a fusão hipotética do CGD e Novobanco, o CEO do Santander disse que “na realidade não deixa de ser estranho um banco público, comprar o quarto maior banco e ficar com mais de um terço do mercado”.

O rácio de capital do banco está nos 16% (inferior aos 16,9% em 2023).

(Atualizada)

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