O mercado de trabalho norte-americano criou menos empregos em janeiro do que esperado, mas a taxa de desemprego caiu para 4%, sublinhando a rigidez laboral na maior economia do mundo. Os salários continuaram a acelerar e houve ainda lugar a uma revisão em baixa dos números do ano passado.
Os dados divulgados esta sexta-feira apontam para mais 143 mil postos de trabalho na economia norte-americana em janeiro, abaixo dos 169 mil projetados pelo mercado e uma queda substancial tendo em conta os 307 mil empregos criados no mês anterior – uma revisão em alta em relação aos 256 mil inicialmente reportados.
É um resultado mais fraco do que se esperava, mas acompanhado de nova queda da taxa de desemprego para 4%, novo sinal de que o mercado de emprego nos EUA continua aquecido e extremamente rígido.
Junta-se a isto as revisões em alta em novembro e dezembro que, combinadas, representam mais 100 mil postos criados nos últimos dois meses do ano.
Em sentido inverso, e olhando para a totalidade de 2024, o Departamento do Trabalho reviu os números em baixa por uma média de 20 mil postos por mês – ou seja, em vez de registar uma média de 186 mil novos empregos por mês, a economia norte-americana ficou-se pelos 166 mil.
Outro sinal do sobreaquecimento laboral vem da dinâmica salarial. Em cadeia, os salários nos EUA cresceram 0,5% no primeiro mês do ano, o que se traduz em 4,1% numa análise homóloga, isto quando os analistas antecipavam 0,3% e 3,7%, respetivamente.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com