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“Prisão e captura”: Governo estuda mecanismos para alterar gestão nas ULS

Ministra da Saúde defende que a gestão das Unidades Locais de Saúde “não é a mais adequada” e promete anunciar mecanismos para lhes atribuir as “capacidades” que têm os gestores no setor privado e social.
12 Fevereiro 2025, 10h58

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, revelou esta quarta-feira no Parlamento que o Governo está a estudar mecanismos para libertar as Unidades de Saúde Locais (ULS) da “prisão e captura” que representa a sua gestão atualmente e que “não é a mais adequada”.

“É preciso que o modelo de gestão seja diferente, é preciso libertar a gestão das ULS da prisão e da captura que têm”, afirmou a governante durante uma audição requerida pelo Chega. Embora o tema do dia fosse turismo em saúde, Ana Paula Martins quis responder ao deputado do PSD Miguel Guimarães sobre se o Governo vai adotar no SNS modelos de gestão mais eficientes.

Sublinhando que os gestores “não têm a mesma capacidade” que têm os do setor privado ou do setor social, a ministra frisou ser objetivo do Governo dar-lhes essa mesma capacidade para trabalharem “com mais eficiência”. “Estamos a estudar mecanismos para o fazer. Em breve o Governo as apresentará. Não precisamos de atirar mais dinheiro para cima do sistema para ter melhores resultados, foi o que fizemos durante oito anos e isso não vamos fazer”, atirou.

Para a governante, que diz ser questionada diariamente na rua sobre listas de espera e a falta de médicos de família, mais do que caracterizar a realidade dos cidadãos estrangeiros atendidos no SNS (“ela está regulada, a lei integra-a hoje, se a lei mudar, será diferente, mas agora é assim”), o que importa ao Governo da AD “são todos os outros que, apesar do todo o esforço que já fizemos e que vamos continuar a fazer, não chega”.

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