O Banco Central da Rússia (BCR) deixou, esta sexta-feira, a sua taxa de juro inalterada em 21%, pela segunda vez consecutiva, quando a inflação continua a aumentar.
“A atual pressão inflacionista continua a ser alta. O aumento da procura interna ultrapassa as possibilidades de expansão da oferta de bens e serviços”, afirmou o regulador russo.
Segundo o BCR, o nível atual das taxas de juro “cria as premissas necessárias para o restabelecimento do processo de desinflação e o regresso aos objetivos de inflação em 2026”.
O banco central “espera que, nos próximos meses, a pressão inflacionista comece a baixar paulatinamente sob influência do arrefecimento da atividade de crédito e do aumento das poupanças”.
A atitude cautelosa do regulador, que decidiu pela segunda vez consecutiva não aumentar os juros, surge depois de empresários russos terem apontado os riscos que essa medida pode gerar na economia.
A economia russa tem sido afetada pela escassez de mão-de-obra, consequência da partida de centenas de milhares de russos para a guerra na Ucrânia ou para o estrangeiro, e por uma inflação particularmente elevada.
A taxa de inflação na Rússia acelerou em dezembro e terminou o ano em 9,5%, segundo dados da agência de estatísticas Rosstat divulgados em janeiro.
Para travar a inflação, a taxa de juro diretora do BCR está desde finais de outubro em 21%, um recorde desde 2003 e um obstáculo para o investimento. Em dezembro, a instituição decidiu mantê-la sem alterações.
A próxima reunião do BCR está prevista para 21 de março.
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