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Conduta do primeiro-ministro é “à prova de bala”, defende Pedro Duarte

Ministro Pedro Duarte defende o primeiro-ministro, rejeita que Luís Montenegro esteja “em silêncio” e argumenta que o Governo não pode passar “24 horas” a dar esclarecimentos a dúvidas que “são relativamente ridículas”. Se moção for discutida na sexta-feira, e se for necessário, o Executivo acelerará regresso da cimeira luso-brasileira.
18 Fevereiro 2025, 15h39

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, defendeu esta terça-feira que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, tem uma conduta “à prova de bala”. ” O primeiro-ministro tem mostrado, desde o início que, apesar de haver um conjunto significativo de momentos em que se tenta atacar a sua verticalidade, ele tem de facto uma conduta que é à prova de bala”, afirmou o governante em declarações aos jornalistas depois de uma intervenção no International Club of Portugal.

As declarações do ministro que é apontado como possível candidato do PSD à câmara do Porto surgem numa altura em a empresa da mulher e filhos de Luís Montenegro está a suscitar polémica, com o Chega a decidir avançar com uma moção de censura por considerar que o chefe do Governo não deu uma explicação cabal sobre um negócio e um suposto conflito de interesses, que o primeiro-ministro insiste que não existe.

Aos jornalistas, e depois de ter considerado a moção de censura do Chega “anedótica”, Pedro Duarte sublinhou que Luís Montenegro “está muito tranquilo” e “muito confortável”. “Saberá ele próprio escolher o momento adequado para dar esclarecimentos ao país”, disse, rejeitando a ideia de que o primeiro-ministro esteja “em silêncio”. “Esclareceu as questões que lhe foram colocadas [pelo Correio da Manhã]”.

“Compreenderão que quem está a governar o país não faz só isso, não tem de passar 24 horas ou os dias todos a fazer esclarecimentos a dúvidas que são relativamente ridículas”, afirmou Pedro Duarte, rejeitando que em causa esteja um conflito de interesses.

Pedro Duarte deu o seguinte exemplo para sustentar ser “caricato” que estejam a ser colocadas suspeitas de que a legislação dos solos possa vir a beneficiar o negócio da família de Montenegro: “Se tomarmos a decisão de aumentar as pensões, eu tenho familiares que são pensionistas, não sei se não há um conflito de interesses. Fará algum sentido?”, questionou.

Assinalando que quem está a governar tem assuntos mais importantes, nomeadamente coisas de Estado, para gerir – e, portanto, não segue a agenda e os tempos da comunicação social – , Pedro Duarte recordou que o primeiro-ministro está a caminho do Brasil para “uma cimeira muito importante”, a 14.ª cimeira Luso-Brasileira que se realiza em Brasília.

Questionado sobre os timings da discussão da moção de censura, que terá de ser discutida na sexta-feira, dia em que o Governo ainda estaria no Brasil, Pedro Duarte disse que, apesar de a iniciativa do Chega ser uma “manobra de diversão para desviar as atenções de problemas próprios”, o Executivo “respeita as regras do Parlamento” e aquilo que for decidido na conferência de líderes de amanhã, quarta-feira. “Se for preciso acelerar [o regresso do Brasil]… Se for necessário, o Governo apresentar-se-á”, garantiu. A iniciativa do Chega, sublinhe-se, está condenada ao fracasso, uma vez que o PS não a votará favoravelmente.

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