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Reservas subterrâneas de gás a 100% a 1 de fevereiro superam meta e média da União Europeia

Segundo o Boletim da Utilização das Infraestruturas de Gás, publicado hoje pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e que cita dados do GIE – Infraestrutura de Gás Europa, no que diz respeito ao armazenamento subterrâneo, “Portugal superou os objetivos do Plano REPowerEU, tendo um ‘stock’ de gás, a 1 de novembro de 2024, no valor de 102% da capacidade comercial firme”, o que equivale a 28 dias de consumo médio nacional.
21 Fevereiro 2025, 13h27

As reservas subterrâneas de gás nacionais estavam a 100% a 1 de fevereiro, superando o objetivo intermédio de mínimo de 70% no início de fevereiro e de maio e a média da União Europeia (UE) de 53,1% naquela data.

Segundo o Boletim da Utilização das Infraestruturas de Gás, publicado hoje pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e que cita dados do GIE – Infraestrutura de Gás Europa, no que diz respeito ao armazenamento subterrâneo, “Portugal superou os objetivos do Plano REPowerEU, tendo um ‘stock’ de gás, a 1 de novembro de 2024, no valor de 102% da capacidade comercial firme”, o que equivale a 28 dias de consumo médio nacional.

O Plano REPowerEU estipula que, a 1 de novembro, cada país deve ter reservas subterrâneas de gás correspondentes a, pelo menos, 90% da sua capacidade.

A nível europeu, os dados mostram que, a 1 de novembro de 2024, o gás armazenado em cavernas atingiu 93,2%.

Adicionalmente, o regulamento de implementação publicado em novembro de 2024 definiu para Portugal o objetivo intermédio de 70% para o nível mínimo de armazenamento no início de fevereiro e de maio de 2025, sendo que, em 01 de fevereiro deste ano, o ‘stock’ era de 100%, acima da média da UE de 53,1%.

A ERSE realçou que as infraestruturas de armazenamento subterrâneo de gás acomodam as reservas estratégicas de gás do país, utilizadas em caso de perturbação grave do abastecimento, como variações na procura e possíveis interrupções no fornecimento.

O REPowerEU é um plano da Comissão Europeia para acabar com a dependência dos combustíveis fósseis russos até 2030, adotado após a invasão russa da Ucrânia, em 2022.

De acordo com os dados do regulador da energia, no ano passado, o terminal de gás natural líquido (GNL) de Sines realizou 53 operações de descarga de navios metaneiros, menos três face a 2023.

Aqueles navios tiveram proveniência de quatro origens diferentes, destacando-se a Nigéria (25 navios metaneiros) e os Estados Unidos da América (23) como principais fornecedores, tendo também chegado três navios da Rússia e dois de Trinidade e Tobago.

O terminal de Sines é a única infraestrutura em Portugal dedicada à receção de GNL por via marítima e, por isso, crucial para garantir o abastecimento nacional de gás.

No total, foram descarregados 48,5 terawatts-hora (TWh) de GNL, uma redução de 6,1% face a 2023, refletindo a queda no consumo de gás, parcialmente compensada pelo aumento das exportações.

As flutuações mensais de GNL descarregado no terminal refletem a procura de gás, influenciadas pelos padrões sazonais da temperatura e das condições climáticas, apontou a ERSE.

Já as exportações através do Ponto Virtual de Interligação (VIP) Ibérico atingiram um recorde de 9,3 TWh.

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