Rui Rocha considerou esta sexta-feira que Luís Montenegro tem que de decidir se pretende continuar a ser primeiro-ministro ou se opta por ter uma atividade empresarial. Em declarações no parlamento, o presidente da Iniciativa Liberal (IL), sublinhou que as “duas coisas não são acumuláveis”.
“Chegamos a um momento em que o primeiro-ministro tem que decidir se quer ser primeiro-ministro de Portugal ou ter uma atividade empresarial. Já sabemos percebemos que as duas coisas não são acumuláveis e o primeiro-ministro já devia ter percebido isso”, referiu, acrescentando que se Montenegro quer continuar a ser primeiro-ministro só o poderá fazer mediante três condições.
“A primeira é pedir desculpa aos portugueses pela imprudência e falta de transparência na condução desta matéria. Segundo explicar tudo, quem são os clientes, que trabalhos concretos foram feitos para esses clientes, quanto é que essa empresa recebe e sobretudo, a partir de 2024 quem é que prestou serviços a esses clientes”, realçou.
Por último, Rui Rocha sublinhou que Luís Montenegro tem que “desligar-se completamente desta empresa” [Solverde], seja por via direta ou por via da participações de familiares.
“Face ao ponto a que chegamos cabe a Luís Montenegro, neste momento decidir o que quer fazer. Continuar a ser primeiro-ministro ou ter uma atividade empresarial. Num momento de incerteza internacional o país não pode estar nesta situação, que é da responsabilidade do primeiro-ministro”, afirmou.
A empresa familiar que pertence a Luís Montenegro e a sua família, a Spinumviva recebe uma avença mensal de 4.500 euros, de acordo com a manchete do jornal “Expresso” desta sexta-feira.
De acordo com o semanário, este contrato de consultoria e gestão de proteção de dados está em vigor desde julho de 2021 e é uma das fatias mais importantes das receitas mensais da Spinumviva: cerca de um terço dessas receitas.
Já esta sexta-feira André Ventura pediu a demissão de Luís Montenegro. Através da sua conta oficial na rede social X o líder do Chega acusa o atual primeiro-ministro de ser “o novo José Sócrates” e desafiou Luís Montenegro a pedir a demissão já hoje a Marcelo Rebelo de Sousa ou uma moção de confiança no parlamento.
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