A antiga eurodeputada Ana Gomes confirma ter apresentado uma participação à Procuradoria Europeia relativa aos negócios a envolver a empresa criada por Luís Montenegro, a Spinumviva, e os casinos Solverde. Fê-lo por ter ficado “alarmada pela inação” da Procuradoria-Geral da República, justificou em declarações à SIC Notícias.
“Não é normal em qualquer país do mundo e da União Europeia que um primeiro-ministro receba dinheiro, através de uma empresa familiar, de empresários e, em particular, de casinos “, sublinhou a comentadora.
Ana Gomes assinala também considerar que está em causa “um sistema absolutamente frouxo de controlo de um setor muito vulnerável ao branqueamento de capitais que inclui sobretudo o jogo online” e nota que a Solverde aceita pagamentos em criptomoedas.
Ao Observador, a ex-eurodeputada revelou que remeteu para a PGR uma cópia da participação que fez chegar à Procuradoria Europeia. O mesmo jornal avança esta sexta-feira que, no âmbito da averiguação preventiva em curso, o Ministério Público vai pedir os documentos de atividade, faturação e contratos com clientes à Spinumviva, empresa que está na origem da crise política que culminou com a queda do Governo e a marcação de eleições legislativas antecipadas.
A PGR vai também solicitar documentação aos clientes sobre os serviços prestados pela Spinumviva, empresa que passou, já em plena crise, deixou de ter a participação da mulher de Luís Montenegro, com quem o primeiro-ministro é casado em comunhão de adquiridos, passando a ser totalmente gerida e detida pelos filhos do casal.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com