Marcadas que estão as eleições legislativas, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) avisa os partidos políticos que irá responsabilizar quem seguir uma estratégia de “passa culpas” durante a campanha eleitoral dos próximos dois meses.
Em linha com o apelo deixado pelo Presidente da República na comunicação ao país, a CPP pede que a campanha seja focada nas políticas com impacto na competitividade das empresas e no futuro do país. Por isso, assinala a confederação em comunicado, é preciso que os programas e debates eleitorais se centrem “nas propostas de reforma e não na troca de acusações de culpa entre os candidatos”.
“A competitividade de Portugal, da nossa economia e das nossas empresas, não é compaginável com a picardia política. Os líderes partidários, todos eles, devem assumir esta campanha como um palco obrigatório para a apresentação de propostas e soluções concretas para problemas que estão mais do que identificados, assegurando a criação de riqueza e aumentando os rendimentos das famílias para o padrão europeu”, afirma, presidente da CCP, citado na nota.
“Vamos estar atentos a cada debate entre os candidatos e iremos responsabilizar aqueles que optarem pelo ‘passa culpas’, em detrimento do essencial”, ou seja, das “propostas que permitam, de uma vez por todas, que as empresas portuguesas deixem de ter entraves à competitividade e que o Estado se torne o parceiro de desenvolvimento efetivo dos setores do comércio e serviços, que tem persistido em não ser”, reforça o aviso.
João Vieira Lopes alerta, nesse sentido, que é “indispensável” dar seguimento às conclusões apresentadas pelo Relatório Draghi e “adaptar essas mesmas conclusões à realidade do tecido económico nacional” e informa que a confederação que preside vai iniciar as celebrações dos seus 50 anos com uma sessão dedicada ao impacto do relatório no novo ciclo de políticas públicas, a nível europeu e nacional.
O Presidente da República marcou eleições para dia 18 de maio, na sequência da crise política que levou à queda do Governo. Na comunicação que fez ao país na noite de quinta-feira, o chefe de Estado pediu que a campanha eleitoral tivesse um debate “claro”, “esclarecedor”, mas “sereno”.
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