Albuquerque: “PSD está pronto para formar um governo estável na Madeira”

O líder do PSD Madeira, Miguel Albuquerque, assegurou na audição desta sexta-feira com o Representante da República, Ireneu Barreto, que os sociais-democratas madeirenses estão “prontos e aptos a formar um governo estável” para a Região.

Recorde-se que PSD e CDS-PP chegaram a um acordo de Governo, e parlamentar, que assegura a maioria absoluta na Assembleia Legislativa da Madeira, que é válido para toda a legislatura. Albuquerque tem governado a Madeira desde 2015.

Este mesmo acordo foi entregue por Albuquerque a Ireneu Barreto, confirmou o líder social-democrata. “Temos todas as condições para assegurar aquilo que foi a decisão dos madeirenses e dos porto-santenses – a necessidade de um governo estável e de um governo com a possibilidade de governar os quatro anos”, disse o social-democrata.

Albuquerque não adiantou nada sobre o futuro executivo madeirense, mas salientou que podem haver mudança face à composição atual do Governo.

“Há sempre algumas mudanças, mas neste momento não (…) posso dizer quais são. As decisões possivelmente serão tomadas ainda este fim de semana”, referiu Albuquerque.

Miguel Albuquerque admitiu, por outro lado, que poderá regressar ao Palácio de São Lourenço ainda hoje, na parte da tarde, para ser indigitado como presidente do XVI Governo Regional da Madeira.

O Representante da República, Ireneu Barreto, recebe hoje os partidos que asseguraram assento parlamentar nas eleições de domingo (23 de março).

O PSD venceu as eleições na Região Autónoma da Madeira, de domingo (23 de março), ao obter 43,4% dos votos, elegendo 23 deputados, e ficando a um deputado da maioria absoluta, de acordo com os resultados da plataforma do Ministério da Administração Interna (MAI).

Os sociais-democratas subiram o número de mandatos de 19 para 23 deputados face às últimas regionais realizadas em maio de 2024, e reforçou a sua votação de 36,1% para os 43,3%.

Seguiu-se o Juntos Pelo Povo (JPP) que passou de nove para 11 deputados, com a votação a crescer de 16,8% para 21%, enquanto que o PS passou de 11 para oito deputados e viu os votos reduzirem-se de 21,3% para 15,6%.

O Chega passou de quatro para três deputados e os votos caíram de 9,2% para 5,4%, enquanto que o CDS-PP passou de dois para um deputado e os votos desceram de 3,9% para 3%.

A Iniciativa Liberal (IL) manteve o deputado mas viu a sua votação recuar de 2,5% para 2,1% e o PAN perdeu a representação parlamentar.

A taxa de votação foi de 55,9% ficando acima dos 53,4% das eleições de maio de 2024.