[weglot_switcher]

Nem tecnologia ou automóveis: Construção é a maior ameaça da China às tarifas de Trump

A Associação Nacional de Construtores gastou cerca de 17 mil milhões de euros em aço comprado à China. Com as atuais tarifas prevê-se um impacto mínimo de 3,2 mil milhões de euros, que serão distribuídos pelas empresas do setor da construção norte-americana.
15 Abril 2025, 11h11

A tecnologia e a indústria automóvel têm estado no centro das atenções na guerra das tarifas entre os Estados Unidos e a China, mas existe um terceiro player nesta disputa que pode deixar em maus lençóis a economia norte-americana. Trata-se do setor da construção que tem sido um dos principais mercados importadores dos Estados Unidos.

De acordo com o jornal “El Economista”, a Associação Nacional de Construtores gastou cerca de 17 mil milhões de euros em aço comprado à China, sendo que com as atuais tarifas prevê-se um impacto mínimo de 3,2 mil milhões de euros, que serão distribuídos pelas empresas do setor da construção norte-americana.

De resto, os dados do Departamento de Comércio dos EUA mostram bem a importância desta indústria no país. Os Estados Unidos importaram 134 mil milhões de euros em equipamentos, como ferramentas elétricas e equipamentos pesados ​e 103 mil milhões de euros em gruas, máquinas de perfuração de túneis e betoneiras.

Uma das grandes preocupações da Associação Nacional de Construtores prende-se com o vidro e o plástico industrial, onde a China não só é líder de mercado, como oferece preços mais competitivos. Um cenário que aponta para que os novos projetos de construção fiquem completamente paralisados ​​nos próximos meses até que a situação seja resolvida ou que se encontrem alternativas aos materiais importados da China.

O setor da construção vale 1,6 biliões de euros e representa cerca de 3,15% do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos. O BankRate aponta para um agravamento na escassez de mão-de-obra pelas “deportações em massa planeadas por Trump”, algo que “pode ​​aumentar os preços dos imóveis no país”.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.