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Petróleo a caminho da maior queda mensal desde 2021

Os mercados internacionais estão a ser palco de quedas acentuadas nos futuros de crude e Brent, que já rondam os 16% e 15% desde o início de abril. Avizinha-se a maior queda em mais de três anos para mínimos que datam da pandemia.
petróleo
30 Abril 2025, 15h57

Os futuros dos produtos petrolíferos estão a cair mais de 1% nos mercados internacionais e caminham para a maior queda mensal em mais de três anos. Na origem estão perspetivas de redução da procura por combustíveis, a par do provável aumento da oferta.

No caso do barril de crude, está a desvalorizar 0,88% para 59,89 dólares, ao passo que o Brent recua 0,98% e fica-se pelos 62,66 dólares. No acumulado desde o início de abril, estão em causa quedas próximas de 16% e 15%, respetivamente, que são as maiores numa escala mensal desde novembro de 2021.

O mês de abril começou com o anúncio de tarifas comerciais sobre as importações dos EUA num enorme leque de setores. Uma decisão tomada pelo respetivo presidente, Donald Trump, que empurrou os preços praticados nos mercados para quedas abruptas. Os valores estão agora em mínimos de fevereiro de 2021, quando estavam a recuperar do pico da pandemia.

Por um lado, os dados sobre a confiança do consumidor dos EUA caíram em abril para mínimos de quase cinco anos, fruto da aplicação de tarifas comerciais. Neste contexto, é expectável uma redução da procura, que conduz a descidas nos preços dos futuros. Outro fator determinante é o aumento na produção de petróleo a partir de maio, decretado pela OPEP+ no início deste mês. A consequência será um acréscimo ao nível da oferta disponível no mercado.

Tudo somado, os investidores preparam-se para um cenário de maior oferta e menor procura, que faz baixar os preços das negociações.

 

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