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Após “sell-off” na primeira semana de Abril seguiu-se um rally bolsista, revela Maxyield

O PSI terminou o mês de Abril com o valor de 6.992,3 pontos, que significa um aumento mensal de 1,8%. Face a 30 de Abril de 2024 o PSI apresenta uma evolução anual homóloga de 5,7%. Nos primeiros quatro meses do ano o índice da bolsa nacional revela um crescimento de 9,6%.
2 Maio 2025, 13h16

O PSI terminou o mês de Abril com o valor de 6.992,3 pontos, que significa um aumento mensal de 1,8%, num contexto de forte volatilidade dos mercados internacionais e bear market dos índices norte-americanos. “É uma evolução mensal relevante, num quadro marcado à escala global, por um ‘sell-off’ na primeira semana de Abril, seguido de um rally bolsista”, diz a  associação de pequenos investidores, Maxyield.

A trajetória crescente do PSI pelo quarto mês consecutivo em 2025, ocorre após as quedas mensais sucessivas verificadas no último trimestre de 2024, revela a Maxyield.

Face a 30 de Abril de 2024 o PSI apresenta uma evolução anual homóloga de 5,7%. Nos primeiros quatro meses do ano o índice da bolsa nacional revela um crescimento de 9,6%.

A banda de variação mensal do PSI oscila entre a queda de 16,6% da NOS e a subida de 11,7% da EDP. Verifica-se que no mês passado, 12 sociedades cotadas do PSI apresentam um aumento de valor e três caíram em bolsa.

O ranking mensal das sociedades com aumento de valor no mês de Abril inclui a EDP (11,7%), a Jerónimo Martins (8,8%), a Semapa (7,9%), a EDP Renováveis (7,1%), a Ibersol (6,4%), a REN (5,5%), a Sonae SGPS (5,5%), os CTT (3,9%), a Mota-Engil (2,7%), a Navigator (2,2%), a Altri (1,7%) e o BCP (1,2%).

As sociedades com queda de valor em Abril foram a a NOS (-16,6%), a Galp (-16%), e a Corticeira Amorim (-4,9%), sendo de referir que a NOS já reflete a correção pós dividendo.

“A evolução do PSI ao longo de Abril caracteriza-se por uma forte quebra no início do mês, em consequência do ‘sell off‘ ocorrido nos mercados internacionais, seguindo-se uma recuperação em linha com o rally bolsista observado à escala global. Devido a este efeito de contágio pelos mercados internacionais, o PSI atingiu no início de Abril o valor mínimo anual, chegando a anular todos os ganhos de 2025, sem atingir o patamar de bear market ( redução de 2% relativamente ao último máximo do atual ciclo) e terminou o mês atingindo o valor de fecho máximo do ano”, lê-se na análise.

Por sua vez, o PSI continua na faixa [6.300 – 7.750 pontos], que nos reporta para níveis atingidos há 10 anos, com posicionamento junto ao ponto médio deste intervalo. “Este intervalo tem uma grande amplitude e enquadra-se no potencial de valorização, admitido pela média dos price targets dos analistas de mercado, que têm por base os fundamentais empresariais das sociedades cotadas”, diz a associação liderada por Carlos Rodrigues.

A evolução desde o início do ano do PSI é aferida mediante comparação do índice e cotações no final da sessão de 30 de Abril de 2025, com os valores verificados em 31 de Dezembro de 2024, observando-se um aumento de 9,6% desde o início do ano.

Nos primeiros quatro meses do ano o comportamento anual do PSI foi marcado por uma trajetória crescente, incorporando a forte volatilidade no mês de Abril, atingindo no final do mês o valor mais elevado do ano. A banda de variação anual é bastante ampla, oscilando entre a subida de 43,9% dos CTT e a queda de 17,8% da EDP Renováveis.

Verifica-se que 11 títulos apresentam uma variação anual positiva e quatro sociedades sofreram quebras de valor.

As sociedades com variação anual positiva foram os CTT (43,9%), a REN (27%), a Ibersol (24,3%), a Sonae (22,5%), o BCP (21,3%), a Mota-Engil (19,8%), a Semapa (16,3%), a Jerónimo Martins (15,6%), a Altri (13,9%), a EDP (12,5%) e a NOS (10,4%).

Já as quatro sociedades com quebra da cotação foram a EDP Renováveis (-17,8%), a Galp (-14,5%) a Navigator (-6,8%) e a Corticeira Amorim (-5,5%).

O PSI, a 30 de Abril, apresenta a cotação de fecho máxima de 2025.

Em termos de variação anual homóloga, o top five das sociedades em alta é composto pelos CTT (76,2%), pelo BCP (71,6%), pela Ibersol (32,5%), pela REN (27,8%) e pela Sonae SGPS (19,1%).

As cinco sociedades com maior variação homóloga negativa foram a EDP Renováveis (-35,9%), a Galp (-32,5%), a Corticeira Amorim (-20,6%), a Navigator (-19,4%) e a Mota-Engil (-14,2%).

“A EDP Renováveis e a Galp configuram situações de bear market transitadas do ano anterior, cujo importante peso no PSI condicionam a evolução homóloga do índice”, diz a Maxyield que assinala ainda “a evolução robusta do BCP e dos CTT”.

A associação apresenta ainda a análise ao PSI Geral que engloba o PSI e 17 sociedades cotadas no segundo mercado da bolsa portuguesa, e que representam sensivelmente 3,2% da capitalização bolsista do PSI.

Genericamente, o 2º mercado é constituído pelas small caps, uma classe de empresas de capital aberto negociadas em bolsa, que possuem um baixo nível de free float.

O PSI Geral apresenta no mês de Abril um aumento mensal de 2,7% e um crescimento desde o início do ano de 5,5%.

Os mercados acionistas globais encontram-se refletidos no índice Morgan Stanley Capital International, abreviadamente conhecido por MSCI World, que no mês de Abril  registou um crescimento mensal de 0,7%, sendo a evolução desde o início do ano de -1,4%% devido à quebra de -4,6% ocorrida em Março. O MSCI World apresenta o máximo histórico em 18 de Fevereiro com 3.910,7 pontos, atingindo em 8 de Abril o nível mensal mais baixo com 3.222,8 pontos, que corresponde a uma redução de -17,6%.

No mercado dos Estados Unidos, o índice S&P 500 composto pelas maiores 500 sociedades cotadas na NYSE, apresentou em Abril uma diminuição mensal de -0,8% e sofreu uma evolução negativa de -5,3% no acumulado do ano até 30 de abril.

O índice tecnológico americano NASDAQ apresenta um crescimento mensal de 0,8%, com uma queda de -9,7% este ano.

O RUSSELL 2000 que integra as empresas de menor capitalização, sofreu em Abril um decréscimo mensal de -2,4% e apresenta uma evolução negativa de -11,9% desde o início do ano.

O índice S&P 500 atingiu o máximo histórico em 19 de Fevereiro com 6.144,2 pontos, tendo tocado na sessão de 7 de Abril a situação de bear market sofrendo uma diminuição de -20%.

Já o índice NASDAQ passou do máximo histórico de 20.056,3 em 19 de Fevereiro, para 15.267,9 em 8 de Abril, que corresponde a um decréscimo de -23,9%.

Na Europa, o benchmark europeu Stoxx 600, sofreu em Abril uma diminuição mensal de -1,2% e apresenta um aumento desde o início do ano de 3,9%.

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