No século XVI, o mundo integrou-se num só, iniciando-se a globalização e o capitalismo em que os portugueses foram pioneiros.
Desde então, o movimento de pessoas, mercadorias e capitais desenvolveu-se, aumentando significativamente no século XVIII, com o advento da revolução industrial em Inglaterra.
No entanto, a grande aceleração ocorreu nos últimos cinquenta anos, com o crescimento da internet, estendendo-se a todo o tipo de objetos quotidianos, denominada como internet of things.
Neste quadro, analisando o índice das 500 maiores empresas do mundo da Revista Fortune, conclui-se que 50% das empresas tradicionais deixaram de constar da lista, motivado pelo atraso no digital, tendo sido rapidamente substituídas por tecnológicas como WhatsApp, Snapchat, entre outras.
De facto, resistir à entrada na realidade digital e insistir na exploração do planeta como único fornecedor de recursos naturais, em que assentava o modelo de desenvolvimento económico anterior, tem custos muito elevados para a sociedade. Exemplificando: i) Perderam-se, entretanto, 61 milhões de empregos; ii) Existem mais de 200 milhões de pessoas desempregadas a nível mundial; iii) O desemprego jovem é três vezes maior do que no resto da população.
Assim, é urgente adotar comportamentos de sustentabilidade, conciliando o desenvolvimento socioeconómico com a proteção dos ecossistemas, por forma a garantir qualidade de vida às pessoas. Apostar no empreendedorismo e na inovação, voltados para a criação de empregos nos mercados Africanos e Asiáticos, ainda muito marcados pela pobreza e pelo subdesenvolvimento. Criar legislação favorável à flexibilidade económica para regular o trabalho freelance caraterístico da gig economy. Reduzir a tributação, premiando a iniciativa e autonomia dos indivíduos, por forma a reduzir a sua dependência do Estado, voltando a economia para o investimento, em vez do assistencialismo, a prazo, insustentável. Conectarmo-nos ao mundo, abraçando a multiculturalidade e beneficiando da multidisciplinariedade para inovar, incluir e resolver os problemas do desemprego e da pobreza que silenciosamente vem assolando a própria Europa. Com efeito, os dados mais recentes do Eurostat, alertam para os cerca de 100 milhões de pessoas, em 28 Estados da União Europeia a viver em agregados familiares em risco de pobreza ou exclusão social.
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