A Câmara dos Representantes dos EUA votou na noite de domingo a favor da redução fiscal defendida por Trump, isto após a legislação ter sido inicialmente bloqueada por uma pequena fação particularmente conservadora dos republicanos. O voto realizou-se numa rara sessão de domingo à noite e desbloqueou uma situação que gerava algum embaraço para a administração Trump e a maioria republicana no Congresso.
Após a rejeição inicial na sexta-feira, os quatro representantes republicanos que votaram inicialmente contra a proposta acabaram por alinhar com o resto do partido, isto depois de uma série de negociações à porta fechada.
Estes quatro membros mostraram-se contra a falta de reformas do lado da despesa e contra a manutenção de isenções fiscais para famílias com menores rendimentos, medidas que, argumentam, levarão a que o défice continue a aumentar. Em particular, os trabalhadores com salários mais baixos ficariam com menor cobertura pelo Medicaid, o programa federal que facilita o acesso a cuidados de saúde para famílias de baixos rendimentos – uma medida que excluiria cerca de 8,6 milhões de pessoas.
Segundo múltiplas análises, há o risco de estas propostas de Trump acrescentarem entre 3 a 5 biliões de dólares (2,7 a 4,4 biliões de euros) ao atual stock de dívida nos EUA, que, alerta a Moody’s, pode chegar a 134% do PIB em 2035 caso se mantenha a atual tendência.
“Fizemos algum progresso este fim-de-semana, […] mas de forma alguma suficiente”, afirmou Chip Roy, representante pelo 21º círculo do Texas, isto depois da aprovação da lei.
O pacote legislativo visa prolongar os cortes de impostos decretados por Trump em 2017, uma das medidas emblemáticas do seu primeiro mandato e um dos principais objetivos deste segundo.
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