A inovação está entre os “hábitos” que a Bondalti tenta incorporar na sua jornada de negócio, explica Patrícia Rodrigues, coordenadora da Bondalti, na conferência NextLap Summit, dedicada à inovação na economia circular.
Para a química portuguesa Bondalti, a inovação deixou de ser uma “necessidade e uma obrigação”, como até a um determinado momento passado era. Hoje, está entre os “hábitos” que a empresa tenta incorporar na sua jornada de negócio, explica Patrícia Rodrigues, coordenadora da Bondalti, na conferência NextLap Summit, dedicada à inovação na economia circular. Segundo a mesma responsável, a estratégia de inovação da empresa está alinhada com os eixos de sustentabilidade do grupo.
“Não é um conceito fácil nem completamente aberto. Muitas vezes inovamos porque a solução já não está a satisfazer uma necessidade que é nossa, porque efetivamente há uma necessidade de um mercado que puxa as empresas para inovarem, ou porque há uma outra solução ou tecnologia alternativa que é muito mais eficiente e eficaz”, explica a mesma responsável.
“Mas a verdade é que todos nós percorremos a mesma oportunidade, que é conseguirmos inovar de forma rentável e de uma forma competitiva, para criarmos aquilo que é o valor para a organização, mas também o impacto positivo”, acrescentou.
A criação do hábito, porém, não é fácil, sublinhou Patrícia Rodrigues. “Nós estamos dispersos geograficamente, mas queremos criar essa cultura, essa habituação. Pelo caminho, procurar oportunidades e perceber quais é que podem ser as várias soluções que podem dar resposta a essas oportunidades que eventualmente se podem transformar em oportunidades de negócio”, explicou.
Sobre a estratégia de sustentabilidade, a empresa pretende “caminhar para a neutralidade carbónica em termos de competitividade”.
Do lado da Infraestruturas de Portugal (IP) , Patrícia Figueira afirmou que a sustentabilidade e a inovação são “vetores estratégicos na implementação” da missão da empresa pública, que gere 14 mil quilómetros de rede rodoviária e 2500 quilómetros de rede ferroviária, “na conceção, construção, modernização, manutenção e exploração” dessas mesmas infraestruturas.
“De uma forma muito simplificada, eu diria que a nossa estratégia de inovação se traduz em três áreas de intervenção: “preparar a organização para o futuro”, “promover a mobilidade” e garantir que as “infraestruturas são inteligentes, seguras e resilientes”, explicou a diretora para a sustentabilidade e inovação da IP.
“Estes eixos de intervenção concretizam-se através da inovação com, por exemplo, a digitalização e sensibilização das nossas infraestruturas, preparadas para uma entidade autónoma e conectada, que será também uma oportunidade mais eficiente, segura e, portanto, mais sustentável, mas também através da gestão de mobilidade e da monitorização das infraestruturas em tempo real, incorporando a automação de algumas tarefas, promovendo a produção e a utilização de energia renovável de forma a reduzir a pegada carbónica da nossa atividade”, acrescentou.
O NextLap Summit decorreu esta quarta-feira, 21 de maio, no Jardim Botânico Vandelli, em Lisboa, tendo o Jornal Económico (JE) como media partner.
Organizada pela Beta-i e pela Valorpneu, a iniciativa leva a discussão a economia circular e a sustentabilidade, no contexto da corrida pela circularidade nesta que é a terceira edição do NextLapSummit.