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Bancos centrais não inventam e investidores continuam fora de jogo

Os investidores continuaram fora do mercado e o volume transaccionado foi o mais baixo da semana com pouco mais de 6 biliões de negócios, sendo claro que o próximo catalisador de interesse será a earnigns season que se inicia sexta-feira com os resultados da J.P. Morgan.
Simon Dawson/Reuters
11 Abril 2019, 07h41

Apesar de qualquer dos dois eventos de ontem tivessem capacidade para disromper o normal andamento dos mercados, o certo é que, tal como era largamente expectável, pouco efeito provocaram. Do BCE, Mario Draghi reiterou a posição ultra dovish do banco central, reafirmando estar preparado para fazer o que for preciso e indicando que aposta na terceira emissão das TLTRO´s, com vista a dar todas as condições à banca para esta continuar a financiar a actividade económica, sendo que irá igualmente aferir das consequências adversas que os juros negativos estão a provocar na rentabilidade do sector bancário. Um dia depois do FMI ter reduzido as expectativas para o crescimento económico mundial, principalmente devido ao mau momento da economia europeia e mais concretamente da Alemanha não era expectável grande optimismo por parte de Draghi, o que se veio a verificar após este ter referido que o menor fulgor da economia da zona euro deverá durar pelo menos até ao final deste ano.

A reacção do mercado foi inconsequente, isto porque apesar de uma queda no valor do Euro derivada das declarações do presidente do BCE, a moeda única acabou por recuperar rapidamente terminando o dia no mesmo valor a que estava antes das mesmas. As minutas da FED confirmaram a mentalidade dovish da maioria dos membros do board deixando igualmente claro que até ao final do ano dificilmente os juros nos EUA serão mexidos em alta. Wall Street reagiu primeiro com uma queda muito ligeira mas na última hora da sessão os índices recuperaram e fecharam em máximos do dia ou perto deles. A Boeing voltou de novo a condicionar o comportamento do Dow Jones com os seus títulos a recuarem -1,1% de valor, remetendo o índice industrial para o pior desempenho do dia, escapando por muito pouco ao vermelho.

No mercado cambial a Libra inglesa valorizou 0,3% para os $1.3095 no dia em que os líderes europeus em Bruxelas acordaram numa extensão do prazo para o Brexit até 31 de Outubro, ficando assim num prazo entre o pedido por Theresa May e o avançado anteriormente pela U.E, que era de um ano. Sem grandes novidades os investidores continuaram fora do mercado e o volume transaccionado foi o mais baixo da semana com pouco mais de 6 biliões de negócios, sendo claro que o próximo catalisador de interesse será a earnigns season que se inicia sexta-feira com os resultados da J.P. Morgan.

O gráfico de hoje é da Apple, o time-frame é Diário

A gigante tecnológica quebrou a barreira dos 61,8% de recuperação da queda do ano passado, estando agora a próxima resistência na linha azul, que é a zona dos 76% de recuperação

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