Estudo da MVGM mostra que escassez de habitação força à descentralização

A MVGM, empresa líder em gestão de propriedades na Europa, realizou um estudo sobre as tendências do mercado residencial em Portugal, que aponta para uma elevada escassez de oferta de habitação no primeiro trimestre de 2025, especialmente em zonas urbanas como Lisboa e Porto.

Este cenário é agravado pelo crescimento demográfico e pela redução da dimensão média das famílias.

A escassez de habitação tem levado os portugueses a procurar opções em localidades mais afastadas dos grandes centros urbanos, como Braga, Évora e Viseu, que oferecem uma qualidade de vida superior a preços mais acessíveis.

Ana Luisa Santos, Head of Residencial da MVGM Portugal, comentou que “os dados do estudo refletem uma realidade que já se fazia sentir no terreno: a crescente pressão sobre a oferta habitacional nas principais cidades está a impulsionar novas dinâmicas no mercado residencial. A modernização da oferta, aliada a políticas públicas eficazes, será essencial para garantir um mercado mais acessível, equilibrado e sustentável”, conclui.

Lisboa continua a ser a cidade com os preços mais elevados, tanto para a aquisição quanto para o arrendamento de imóveis, seguida pelo Porto. Os preços médios de arrendamento nas duas cidades estão em ascensão, com Lisboa a registar 22,7 euros por metro quadrado e Porto 16,6 euros, este último destacando-se pelo seu crescimento no setor residencial.

No que diz respeito ao mercado de vendas, o preço médio em Lisboa é de 6.625 euros por metro quadrado, enquanto o Porto, com um preço médio de 4.071 euros, apresenta um crescimento anual de 11,3% e trimestral de 2,4%.