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Líder de partido político da Polónia diz que o país deve dizer “não” à moeda única

Jaroslaw Kaczynski, líder do Partido da Lei e Justiça (PiS) acredita que o país só deve adotar a moeda única quando a sua economia for tão grande como a da vizinha Alemanha.
13 Abril 2019, 16h48

Jaroslaw Kaczynski afirma que a Polónia, deve dizer “não” ao euro. A vontade do líder do Partido da Lei e Justiça (PiS) foi manifestada durante um comício do PiS em Lublin, no leste da Polónia, antes das eleições da União Europeia em maio, que são vistas como um teste para o partido e os seus principais adversários antes das eleições gerais na Polónia ainda este ano, revela a agência “Reuters”.

“Dizemos ‘não’ ao euro, ‘não’ aos preços europeus”, disse Kaczynski. “Adotaremos o euro algum dia, porque estamos comprometidos em fazê-lo e estamos e estaremos na União Europeia, mas vamos aceitá-lo quando for do nosso interesse”.

Jaroslaw Kaczynski acredita que o país só deve adotar a moeda única quando a sua economia for tão grande como a da vizinha Alemanha. “Será do nosso interesse quando atingirmos um nível muito próximo do nível do PIB, padrão de vida da Alemanha.”

A Polónia é obrigada, ao abrigo dos seus compromissos de adesão à UE, a aderir à zona do euro a qualquer momento. Embora a maioria dos polacos apoie a adesão do país à UE, não são tão unânimes em relação ao euro, de acordo com sondagens públicas.

O PiS tem o apoio de 38,7% dos eleitores, enquanto a coaligação europeia tem 36,2%, segundo uma sondagem do instituto de pesquisas IBRIS para a estação de rádio privada ZET.  O PiS prevaleceu na maioria das sondagens desde que assumiu o poder da Plataforma Cívica em 2015.

A Plataforma Cívica foi co-fundada pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, um defensor da moeda única antes da crise financeira da zona do euro, mas o partido disse que a Polónia precisa de um debate sobre a adoção do euro.

O PiS viu a sua popularidade diminuir devido a uma série de escândalos, com a imprensa local acusando o partido de permitir o pagamento excessivo no banco central e administrar um negócio imobiliário obscuro. O PiS negou qualquer irregularidade.

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