A Nike viu os seus lucros líquidos caírem 44% para os 3,2 mil milhões de euros no ano fiscal que se encerrou a 31 de maio. No quatro trimestre o lucro líquido fixou-se em 200 milhões de dólares, uma quebra de 86%. As ações estão a subir 10,6% em pré-mercado, e valorizaram 2,8% no encerramento da sessão de quinta-feira em Wall Street.
No ano fiscal a marca desportiva viu um decréscimo de 42% nos ganhos por ação (diluídos) para os 2,16 dólares, face ao ano anterior.
A Nike encerrou o ano fiscal com uma queda de 10% nas suas receitas, face ao ano anterior, para os 46,3 mil milhões de dólares.
As receitas geradas pela marca Nike, no ano fiscal, ficaram nos 44,7 mil milhões de dólares, menos 9%, face ao período homólogo. As receitas da Nike Direct ficaram nos 18,8%, menos 13%, “devido a uma queda no ramo digital da marca de 20% enquanto que as receitas geradas pelas lojas detidas pela Nike permaneceram inalteradas”.
As receitas do ramo wholesale ficaram nos 25,9 mil milhões de dólares, no ano fiscal, menos 7%, enquanto que as receitas da Converse ficaram pelos 1,7 mil milhões de dólares o que representa uma queda de 19% quando comparado com o ano passado.
A margem bruta da empresa, no ano fiscal, ficou nos 42,7%, menos 190 pontos bases, face ano período homólogo, influenciado “pelos descontos mais elevados, alterações no mix de canais e maiores reservas de obsolescência de stock, parcialmente compensadas por menores custos dos produtos”, salienta a marca desportiva.
As despesas das vendas e administrativas caíram 3%, no ano fiscal, para os 16,1 mil milhões de dólares.
O lucro líquido ficou nos 200 milhões de dólares, no quatro trimestre, menos 86%, face ao ano anterior, e os ganhos por ação (diluídos) ficaram em 0,14 dólares, menos 86%. As receitas do quatro trimestre do ano fiscal ficaram pelos 11,1 mil milhões de euros, menos 12% face ao período homólogo.
As receitas geradas pela marca Nike atingiram os 10,8 mil milhões de euros, no quatro trimestre, menos 11% face ao ano anterior.
As receitas geradas pela Nike Direct para o quatro trimestre ficaram nos 4,4 mil milhões de dólares, menos 14% face ao ano anterior, “devido à quebra de 26% no ramo digital da Nike que foi parcialmente anulado pelo aumento de 2% nas lojas detidas pela Nike”.
As receitas no setor wholesale caíram 9%, no quatro trimestre, para os 6,4 mil milhões de dólares. Já as receitas da Converse ficaram pelos 357 milhões de dólares, no quatro trimestre, menos 26% face ao ano anterior.
A margem bruta no quatro trimestre atingiu os 40,3%, uma descida de 440 pontos base referiu a marca desportiva.
As despesas derivadas de vendas e da parte administrativa cresceram 1% para os 4,1 mil milhões de dólares.
“Os nossos resultados financeiros apesar de estarem em linha com as nossas expetativas, eles não estão onde queremos que eles estejam. Futuramente esperamos que o nosso negócio melhore como resultado do progresso que estamos a fazer através das iniciativas que estão integradas na estratégia Win Now”, disse o presidente e CEO da Nike, Elliott Hill.
“Entrando num novo ano fiscal, estamos a virar a página e o próximo passo é alinhar as nossas equipas para liderar com desporto através do que chamamos de ataque desportivo. Isto irá acelerar as nossas ações integradas na estratégia “Win Now” para reposicionar os nossos negócios para o crescimento futuro”, acrescentou Elliott Hill.
O realinhamento do chamado ‘ataque desportivo’ vai estar focado na distinção dos desportos chave, em construir um portfolio completo de produtos, em criar histórias que inspirem e conectem os consumidores da marca, e em elevar e fazer crescer o marketplace da marca em termos globais, refere a marca desportiva.
“O quatro trimestre reflete o maior impacto financeiro da nossas ações integradas no Win Now, e esperamos que os ventos sejam moderados a partir de agora. Estou confiante na nossa habilidade em navegar neste ambiente dinâmico e incerto focando-nos naquilo que conseguimos controlar e em executar a nossa estratégia Win Now”, disse o vice-presidente e chefe financeiro da Nike, Matthew Friend.
Em termos de folha de balanços, a 31 de maio, a Nike tinha um inventário de 7,5 mil milhões de dólares, permanecendo inalterado face ao ano anterior. O dinheiro e equivalentes e investimentos de curto prazo ficaram nos 9,2 mil milhões de dólares, menos 2,4 mil milhões de dólares face ao ano anterior. “O dinheiro gerado pelas operações foi mais do que compensado pela recompra de ações, dividendos, repagamento de bonds (obrigações em português) e despesas de capital”, refere a marca desportiva.
A empresa disse ainda que no quatro trimestre devolveu aproximadamente 800 milhões de dólares aos acionistas. “Os dividendos atingiram os 591 milhões de euros, mais 6% face ao ano anterior. A recompra de ações atingiu os 202 milhões de dólares, refletindo a retirada de 3,2 milhões de ações do mercado como parte do programa de quatro anos, de 18 mil milhões de dólares, que foi aprovado pelo ‘board of diretors‘ em junho de 2022″, refere a Nike.
No ano fiscal de 2025 a empresa adiantou que devolveu 5,3 mil milhões de dólares aos acionistas. “Os dividendos atingiram os 2,3 mil milhões de dólares, mais 6% face ao ano anterior. A recompra de ações ficou em três mil milhões de dólares, refletindo a retirada de 37,6 milhões de ações do mercado como parte do programa de quatro anos, de 18 mil milhões de dólares que foi aprovado pelo ‘board of diretors‘ em junho de 2022″, referiu a marca.
A 31 de maio de 2025 a empresa confirmou que já tinham sido recompradas 122 milhões de ações num total de aproximadamente 12 mil milhões de dólares.
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